Mônica Parreira
Atualizado às 15h10
Goiânia - A Polícia Federal (PF) identificou sete pessoas que podem ter ligação com o dinheiro encontrado em um carro, no aeroporto de Goiânia, na madrugada de terça-feira (4/3).
De acordo com o delegado responsável, Marcel de Oliveira, da Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio (DELEPAT) de Goiás, os nomes não serão divulgados, mas uma das pessoas já foi ouvida pela polícia.
Em entrevista na manhã desta sexta-feira (7/3), o delegado explicou que as pessoas foram identificadas por meio de documentos encontrados no interior do veículo. "Contas rotineiras, de água e luz, também foram encontradas e contribuíram para chegar a essas pessoas", diz.
Algumas das pessoas envolvidas, segundo o delegado, são de Goiânia e outras do interior de Minas Gerais. "Ainda temos que identificar qual foi a participação de cada pessoa nesse caso."
Linhas de investigações
A investigação, segundo Marcel de Oliveira, gira em torno de várias hipóteses. "Uma linha de investigação que se fortalece é a possibilidade de envolvimento de agiotagem, tráfico de entorpecentes ou até mesmo evasão de divisas", disse.
Entre o dinheiro apreendido, foram encontradas cédulas com marcas de tintas. "Isso é característico de casos de explosão de caixas eletrônicos", disse o delegado, que também não descartou essa possibilidade.
Questionado sobre a perícia do carro, o delegado garante que já foi solicitada. "Se a placa do carro não for clonada, uma mulher é a proprietária. Essa pessoa, que não possui antecedentes, ainda vai ser ouvida. Ela vai ter que explicar como o carro dela foi parar nesse caso", completa.
O carro estava estacionado no Aeroporto Santa Genoveva desde o dia 26 de fevereiro. A PF já analisou imagens de câmeras de segurança e o homem que chegou conduzindo o veículo já teria sido identificado. "Ele ainda não foi ouvido, mas isso acontecerá nos próximos dias", garante.
O dinheiro foi encontrado em uma bolsa azul – uma parte em reais (R$ 95 mil) e outra em dólares (US$ 507 mil) – pela Política Militar e repassado para investigação à PF.