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Motorista disse que não estava embriagado | 27.10.11 - 09:58
Larissa Lessa
Um passageiro do carro que matou um motociclista na madrugada de terça-feira (25/10) na BR-153 deve ser ouvido nesta quinta-feira (27/10) no 1o Distrito Policial de Rio Verde. De acordo com a delegada Jaqueline Camargo Machado de Queiroz, o empresário Gustavo Alves Borba, 30 anos, que dirigia o Ford Fusion, deve voltar à delegacia com o amigo, que também estava no carro no momento do acidente.
Raimundo Nonato Bezerra, 55 anos, que era motorista do transporte coletivo de Goiânia e voltava do trabalho para Aparecida de Goiânia, foi surpreendido pelo carro de Gustavo, que trafegava na contramão na região dos motéis. O motociclista não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Agentes da Polícia Rodoviária Federal encontraram dentro do carro embalagens vazias de vodca, cerveja e energético. Cinco pessoas estavam no veículo no momento do acidente: Gustavo, o amigo e três garotas de programa.
Depoimento Gustavo foi ouvido na tarde de quarta-feira no 1o Distrito Policial de Rio Verde e, segundo a delegada Jaqueline Camargo, disse que tinha saído de uma boate quando entrou no acesso lateral da rodovia sem saber que estava na contramão. Ainda segundo o motorista, como o combustível do carro estava acabando, ele viu um posto à esquerda e, por isso, seguiu no mesmo sentido. "Ele alega que não tinha bebido e que as garrafas encontradas eram da noite anterior. Também disse que estava a cerca de 40 km/h", afirmou a delegada.
No depoimento, Gustavo afirmou que, quando viu que o motociclista tinha morrido, se desesperou e fugiu à pé do local. No entanto, ele alega que o amigo que será ouvido hoje ficou para chamar o Corpo de Bombeiros. Gustavo disse que passou a noite em Goiânia, na casa da irmã de um amigo, que também deve ser ouvido pela delegada.
Contradição Como o acidente aconteceu em Aparecida de Goiânia, a investigação do caso será feita pelo 2o Distrito Policial de Aparecida de Goiânia. O delegado Carlos Caetano Júnior já ouviu as três garotas de programa que estavam no carro, cujos depoimentos contradizem a versão do motorista. "Elas disseram que ele já tinha consumido meio litro de vodca com o outro rapaz que estava com ele na casa de shows e que deliberadamente entrou na contramão para não dar a volta na BR", declarou o delegado. Carlos Caetano aguarda o depoimento de dois familiares do motociclista e o resultado da perícia, que pode levar até um mês para concluir o inquérito.