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Entrevista - Luciana Savaget

"É preciso sair da cultura do negativo", diz palestrante do Intermídias

Jornalista falou sobre sua carreira | 28.08.14 - 19:59 "É preciso sair da cultura do negativo", diz palestrante do Intermídias (Foto: Letícia Coqueiro)
Lorena Lara

Goiânia - Luciana Savaget foi uma das palestrantes do Intermídias 2014 nesta quinta-feira (28/8). Jornalista e escritora, ela é dona de vasta experiência na Faixa de Gaza. Já fez reportagens pelo Globo Repórter e atualmente apresenta o programa Arquivo N, no canal Globonews. Com um painel sobre sua experiência de comunicação em Israel, Luciana comemora o resultado da conversa. "Adorei os alunos e o interesse deles. Senti que eles toparam o desafio de pensar a carreira jornalística, que passa por constante transformação", ressaltou, em entrevista ao jornal A Redação.
 
Frisando que é preciso deixar de lado a "cultura do negativo", Luciana explica que há "muita coisa boa acontecendo", mas que assuntos positivos não ganham espaço nos noticiários. Reforçando sua opinião, Luciana revela o lema de sua vida, frase do radialista Roquete Pinto: "Precisamos dar um pouco do que o povo gosta e muito do que o povo precisa".
 
Perguntada sobre quais "coisas boas" podem ser encontradas em áreas de conflito, ela cita a cultura literária da Faixa de Gaza. "Eles têm um trabalho fantástico na literatura", afirma. "Todas as crianças falam quatro línguas por causa disso", justifica.
 
Seu envolvimento com a literatura é profundo - Luciana é autora de 29 livros e fundadora da Biblioteca Comunitária Luciana Savaget na Favela da Maré, zona norte do Rio de Janeiro. Do outro lado do mundo, seus livros, traduzidos para o árabe, venderam mais de 100 mil exemplares em Israel e foram distribuídos em escolas da Faixa de Gaza.
 
Apesar de uma distância de mais de mais de 10 mil quilômetros  que separam Israel e a capital fluminense, ela conta que a situação de conflito é muito parecida em ambos os lugares. "Em um lugar, é a briga por território. Em outro é a briga pelo território da droga". Para ela, a sensação das crianças de ambos os lugares é a mesma. "É o medo do tiroteio, a mãe que morreu, a falta de perspectivas", diz.
 
Ainda comparando a situação dos dois lugares, Luciana relembra o que lhe perguntavam na Faixa de Gaza. "Lá, quando eu dizia que era do Rio, me falavam que eu vinha de um lugar violento. No Rio, quando eu contava que estava em Gaza, diziam a mesma coisa - que Gaza era um lugar violento".

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