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"Alzheimer espiritual"

Papa faz duras críticas aos burocratas do Vaticano

Pontífice listou os 15 pecados da Cúria | 22.12.14 - 18:34
Vaticano - O papa Francisco fez duras críticas nesta segunda-feira (22/12) à burocracia do Vaticano, criticando como o desejo pelo poder a todo custo e a dupla vida de pessoas que vivem de forma hipócrita e sofrem de "Alzheimer espiritual". Segundo o Papa, tais pessoas se esquecem que ser alegres homens de Deus.

Os cumprimentos de Natal de Francisco aos cardeais, bispos e padres que dirigem a Santa Sé não foram uma alegre troca de desejos de fim de ano. Em vez disso, o papa apresentou uma lista de 15 pecados da Cúria, que Francisco disse esperar ver expiados no próximo ano.

Ele deu alguns exemplos, como o "terrorismo da fofoca" que pode "matar a reputação de nossos colegas e irmãos a sangue frio". Como panelinhas podem "escravizar seus integrantes e se tornar um câncer que ameaça a harmonia do organismo" e eventualmente matar por "fogo amigo".

Os que vivem vidas duplas de forma hipócrita foram descritos pelo papa como pessoas com "um típico vazio espiritual, medíocre e progressivo, que nenhum grau acadêmico pode preencher". "A Cúria é convocada sempre para melhorar-se e crescer em comunhão, santidade e conhecimento para cumprir a sua missão", disse Francisco.

"Mas mesmo ela, como qualquer organismo humano, pode sofrer de indisposições, disfunções, doenças." Francisco, que é o primeiro papa latino-americano e nunca havia trabalho na Cúria, dominada por italianos, não se intimidou ao reclamar sobre a fofoca, o carreirismo e as intrigas do poder burocrático que afligem a Santa Sé.

No entanto, na medida em que sua agenda ganha força, ele parece ainda mais encorajado para destacar o que aflige a instituição. Os cardeais não pareciam felizes. O discurso foi recebido com aplausos mornos e poucos sorriam na medida em que Francisco listava, uma a uma, as 15 "doenças da Cúria", que ele elaborou, com notas de rodapé e referências bíblicas.

Os cumprimentos de Natal acontecem num momento tenso para a Cúria, a administração central da Santa Sé, responsável pela igreja, que tem 1,2 bilhão de fiéis. Francisco começou sua lista com "a doença de sentir-se imortal, imune ou mesmo indispensável". Então, ele citou uma a uma: ser vaidoso, querer acumular coisas, ter um "coração endurecido".

Cortejar os superiores para obter ganho pessoal e ter uma "expressão facial de funeral", além de ser muito "rígido, inflexível e arrogante", especialmente em relação a subordinados, uma possível referência a um comandante da guarda suíça, recentemente demitido, que era muito duro com seus recrutas na opinião do papa.

Francisco criticou os que trabalham muito e planejam as coisas com muita antecedência, já que os que não têm tempo para a família são estressados demais e os que planejam muito não se permitem ser surpreendidos pela "frescura, fantasia e novidade" do Espírito Santo.

"Como é bom para nós ter um saudável senso de humor", disse ele. No final do discurso, Francisco pediu aos prelados que rezem para que os "ferimentos e pecados de cada um de nós tem sejam curados" e que a igreja e a própria Cúria sejam mais saudáveis. (Agência Estado)

Comentários

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  • 23.12.2014 08:11 Amanda Karla

    Caramba....esse papa é muito massa!

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