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Sentença cumprida

Brasileiro é executado na Indonésia

Moreira estava preso desde 2003 por tráfico | 17.01.15 - 16:56 Brasileiro é executado na Indonésia Utomo Karim (esquerda) advogado de Marco Archer (direita). (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal)

São Paulo - O brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, foi executado por fuzilamento hoje na Indonésia, à 0h31 no horário local (15h31 no horário de Brasília), segundo confirmou o governo brasileiro. Moreira havia sido preso em 2003, por tráfico de drogas.

Em nota divulgado pelo Palácio do Planato, a presidente Dilma Rousseff disse estar "consternada e indignada" com execução do brasileiro.

Confira a nota na íntegra:

“Nota à imprensa
 
A Presidenta Dilma Rousseff tomou conhecimento – consternada e indignada – da execução do brasileiro Marco Archer ocorrida hoje às 15:31 horário de Brasília na Indonésia.
 
Sem desconhecer a gravidade dos crimes que levaram à condenação de Archer e respeitando a soberania e o sistema jurídico indonésio, a Presidenta dirigiu pessoalmente, na sexta-feira última, apelo humanitário ao seu homólogo Joko Widodo, para que fosse concedida clemência ao réu, como prevê a legislação daquele país.
 
A Presidenta Dilma lamenta profundamente que esse derradeiro pedido, que se seguiu a tantos outros feitos nos últimos anos, não tenha encontrado acolhida por parte do Chefe de Estado da Indonésia, tanto no contato telefônico  como na carta enviada, posteriormente, por Widodo.
 
O recurso à pena de morte, que a sociedade mundial crescentemente condena, afeta gravemente as relações entre nossos países.
 
Nesta hora, a Presidenta Dilma dirige uma palavra de pesar e conforto à família enlutada.
O Embaixador do Brasil em Jacarta está sendo chamado a Brasília para consultas. 
 
Secretaria de Imprensa
Secretaria de Comunicação Social
Presidência da República”

Marco Archer Cardoso Moreira, preso há 11 anos em Jacarta, era carioca, tinha 53 anos e trabalhava como instrutor de voo livre. Ele foi preso quando tentava entrar na Indonésia com 13 quilos de cocaína escondidos dentro dos tubos de uma asa delta em 2003 e teve a droga descoberta ao passar pelo aparelho de raios-X, no Aeroporto Internacional de Jacarta. Ele conseguiu fugir do aeroporto, mas acabou preso duas semanas depois.
 
O método de execução da Indonésia é o mesmo desde 1964 - o prisioneiro é acordado no meio da noite em sua cela e vendados. Pergunta-se se ele prefere ficar em pé, sentar ou se deitar antes de ser executado por um pelotão de atiradores.
 
Além do brasileiro, outros cinco presos foram condenados à morte. De acordo com o Itamaraty, "familiar, advogado e funcionários da embaixada do Brasil em Jacarta", estiveram reunidos com Archer por cerca de uma hora, neste sábado. 
 
Tia de Archer, a advogada Maria de Lourdes Archer, única parente viva do brasileiro condenado, embarcou para Jacarta na terça-feira (13), para tentar confortar o sobrinho. A mãe morreu em 2011. 
 
Nesta sexta-feira (16), a presidente Dilma Rousseff fez, por telefone, um apelo pessoal, "como chefe de Estado e mãe" ao presidente da Indonésia, Joko Widodo. Dilma determinou ainda à sua assessoria que procurasse ajuda no Vaticano, na tentativa de pedir ao Papa Francisco para interceder em favor da clemência do brasileiro. 
 
O assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, disse, nessa sexta-feira, que só "um milagre" poderia reverter o fuzilamento do brasileiro e informou que o governo continua em buscava de uma solução "até a última instância". A Indonésia negou todos os pedidos de clemência feitos pela defesa do brasileiro para evitar a execução de Archer. 
 
No Brasil, não existe pena de morte e as informações são de que nunca um brasileiro foi executado para dar cumprimento a uma sentença deste tipo. 
 
Outro brasileiro preso e condenado à morte em Jacarta, que teve o pedido de clemência feito pela presidente Dilma Rousseff também rejeitado pelo presidente da Indonésia foi o surfista Rodrigo Gularte. Ele foi detido em 2004, também no aeroporto de Jacarta, com 12 pacotes de cocaína. 
 
A droga estava escondida em oito pranchas. O surfista estava a caminho da ilha de Bali, acompanhado de dois amigos, mas assumiu sozinho a autoria do crime de tráfico internacional de drogas. (Agência Estado)
 

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