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Corrupção

Preso na Lava Jato teria pago reforma em sítio a pedido de Lula, diz Veja

Propriedade pertence a sócios de Lulinha | 25.04.15 - 16:05
A Redação

Goiânia -
Reportagem na última edição da revista Veja afirma que o engenheiro Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, uma das empreiteiras envolvidas no escândalo da Petrobras, teria pagado reforma em um sítio em Atibaia, a pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Preso há seis meses no Complexo Médico-Penal na região metropolitana de Curitiba, Léo Pinheiro admite pela primeira vez a intenção de fazer acordo de delação premiada.

O sítio Santa Bárbara possui 150 mil m² e pertence aos empresários Jonas Suassuna e Fernando Bittar, sócios de Fábio Luís da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente. A revista Veja diz que, desde que deixou o governo, Lula costuma passar os fins de semana no sítio em Atibaia, no interior de São Paulo. O imóvel seria equipado com piscina, churrasqueira, campo de futebol e um lago artificial para pescaria.

Segundo a revista, as obras teriam sido realizadas em 2011, durante três meses, e incluíram reforma em duas casas, construção de um pavilhão e de área de churrasqueira, ampliação de piscina, instalação de campo de futebol e transformação de um lago em dois tanques de peixes, que seria utilizado por Lula para pescar. A área teria passado a ser protegida por grandes cercas vigiadas por câmeras de segurança, canil e guardas armados.

O pedido de Lula teria sido feito em 2010, meses antes de terminar o mandato. O ex-presidente teria encomendado ao amigo da construtora uma reforma no sítio. Segundo conta um interlocutor da Veja que visitou Pinheiro na cadeia, esse pedido estaria anotado nas memórias do cárcere que Pinheiro escreve. A esse mesmo interlocutor, Pinheiro teria dito se orgulhar de jamais dizer não aos pedidos de Lula.

A reportagem afirma que os operários se revezavam em turnos de dia e de noite, incluindo os fins de semana e eram pagos em dinheiro. "Ajudei a fazer uma das varandas da casa principal. Me prometeram 800 reais, mas me pagaram 2 000 reais a mais só para garantir que a gente fosse mesmo cumprir o prazo, tudo em dinheiro vivo", teria dito Cláudio Santos à Veja.

"Nessa época a gente ganhou dinheiro mesmo. Eu pedi 6 reais o metro cúbico de material transportado. Eles me pagaram o dobro para eu acabar dentro do prazo. Era 20 000 por vez. Traziam o envelopão, chamavam no canto para ninguém ver, pagavam e iam embora", relatou o caminhoneiro Dário de Jesus, que apontou Pinheiro como a pessoa que fazia os pagamentos. "Só sei que era um engenheiro que esteve na obra do Itaquerão. Vi a foto dele no jornal."

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