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Diretório do PSDB

Maioria do partido quer Afrêni na presidência, diz Paulo de Jesus

Tucanos apostam em desistência de Baldy | 27.05.15 - 16:40 Maioria do partido quer Afrêni na presidência, diz Paulo de Jesus (Foto: Divulgação/PSDB-GO)
 
Sarah Mohn
 
Goiânia – “Ele tem o apoio e simpatia da maioria do partido. Afrêni é, hoje, o nome defendido pela maioria.” A declaração do presidente estadual do PSDB, Paulo de Jesus, ao jornal A Redação atesta a tendência articulada nos bastidores para emplacar o ex-deputado estadual Afrêni Gonçalves na liderança da próxima gestão do diretório do partido em Goiás, em detrimento da validação de candidatura do deputado federal Alexandre Baldy.
 
Definido pelo atual presidente como “equilibrado, tranquilo, conciliador, apaziguador, experiente e ‘conhecedor’ da legenda”, Afrêni teria recebido respaldo até mesmo da primeira-dama e presidente da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), Valéria Perillo, segundo fontes ouvidas pelo AR. O aval de Valéria teria sido fundamental para convencimento do governador Marconi Perillo quanto ao nome do ex-deputado, que foi coordenador-geral da OVG de 2011 a 2013.
 
“Ele tem apoio e simpatia da maioria do partido. E, não tendo mandato e não sendo candidato a nada, vai facilitar o trabalho”, justificou Paulo de Jesus. A argumentação extraoficial apresentada por fontes ouvidas pelo AR, no entanto, apontam outras justificativas para o afunilamento em torno do nome de Afrêni e recusa por Baldy.
 
De acordo com tucanos, a pretensão de Marconi é emplacar um presidente que não utilize a estrutura do diretório estadual para se credenciar a projetos político-eleitorais futuros, mas que, em contrapartida, disponha dedicação integral a assuntos internos da legenda e siga alinhamento eleitoral em sintonia com os interesses do governador, como o de lançar o vice-governador José Eliton (PP) como candidato natural à sucessão no Palácio das Esmeraldas.
 
Segundo fontes, o perfil de Baldy esbarra em três fatores cruciais para a decisão. Em primeiro lugar, ele é apontado como pré-candidato a prefeito de Anápolis na eleição do próximo ano, disputa que o afastaria das demandas do diretório. Em segundo, Baldy é pretenso candidato ao governo de Goiás, num projeto que colide com a viabilização da pré-candidatura de José Eliton. O terceiro fator de repulsa ao nome do deputado federal envolve as declarações à imprensa contrárias à gestão da secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão. De acordo com marconistas, o governador teria se irritado com os ataques à secretária e tomado as insinuações como críticas a seu governo, proferidas em momento delicado economicamente.
 
Desistência de Baldy
A aposta do grupo pró-Afrêni é que o deputado federal Alexandre Baldy retire seu nome da disputa pelo diretório até 5 ou 6 de junho, dias em que lideranças tucanas devem se reunir para definir a chapa oficial. A eleição está agendada para 14 de junho.
 
O presidente Paulo de Jesus prega aglutinação natural e diz desconhecer, oficialmente, a intenção de Baldy em se candidatar. “Pra mim, ele nunca falou que é candidato. Só li isso pela imprensa”, afirmou. Na última sexta-feira (22/5), Marconi declarou à imprensa que a definição da chapa será consensual, num claro recado a vozes discordantes de seu projeto.
 
À reportagem, Paulo de Jesus disse ainda que não acredita em disputa interna e afirma que uma única chapa será apresentada na data da eleição. “Com representação de todas as esferas, das casas legislativas, de todas as regiões do Estado e também de todos os segmentos, como das mulheres, da juventude etc.”
 
Entre os nomes que são apontados para ocupar espaço na executiva estadual do PSDB, estão o de Giuseppe Vecci, Sérgio Cardoso, Júnior Vieira, Leda Borges, Rodrigo Zani, além dos próprios Paulo de Jesus e Alexandre Baldy.

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