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Especialista sugere outras formas de estudo | 29.06.15 - 18:25
(Foto: Reprodução Facebook) Kamylla Rodrigues
Goiânia - Quem nunca ficou horas tentando fazer um exercício e teve que esperar o outro dia para levar a dúvida até o professor? Quase todo mundo já passou ou ainda passa por isso. Mas no mundo virtual, essa dificuldade pode estar sendo extinta, pelo menos em Goiânia.
O professor goiano Paulo Santos criou o projeto 'SuperNova', que consiste em responder questionamentos em tempo real por meio do aplicativo WhatsApp. “O aluno envia uma foto para o número disponibilizado e direcionamos o assunto para o professor daquela disciplina. Esse profissional responde por meio de texto, foto, áudio ou vídeo, exclusivamente para aquele aluno”, explica.
O projeto, criado há cerca de um ano, só saiu do papel no mês passado e já ganhou professores de história, geografia, biologia, matemática, química, física e inglês, que trabalham de forma voluntária, em horários flexíveis. A iniciativa tem como público-alvo pré-vestibulandos e alunos do ensino médio de qualquer parte do Brasil. “Hoje já são 400 alunos de todos os cantos do país, que compartilham dúvidas e respostas. Esse processo dinamiza o estudo, poupa tempo e permite a troca de conhecimento”, revela.
O projeto está apenas no whatsApp, mas segundo Paulo a ideia é expandir para o YouTube, com vídeoaulas, e para aplicativos. “Isso é um projeto a médio prazo, já que precisamos de recursos. Queremos que o aluno não pague nada pelo conhecimento e por isso precisamos de patrocínio.”
Para a aluna Isabela Aurora, que adotou a ferramenta como auxílio para os estudos há um mês, a iniciativa maximizou o aprendizado, uma vez que o atendimento é personalizado. “Na escola, o professor tem que atender muitos alunos e, muitas vezes, a gente acaba levando a dúvida para casa. Com o projeto, os professores estão à nossa disposição, a qualquer momento, e as respostas são específicas”, disse.
O aluno que se interessou pelo projeto, pode ter acesos aos professores pelo número: (62) 9638-7410
Outras alternativas
Para a doutora em psicologia e especialista em psicopedagogia Alba Santana, o instrumento é bem-vindo considerando uma geração totalmente envolvida com as mídias, mas é um projeto novo que precisa ser estudado. “Claro que qualquer ferramenta que auxilia no aprendizado e estudo do adolescente é bom, mas precisamos analisar a natureza dessas respostas, questionar se isso está dando resultados”, disse.
Para ela, o projeto é uma forma paliativa de contribuição com o aprendizado e por isso deve ser agregado a outras alternativas. “É necessário que essas respostas venham com fontes de busca em livros ou na própria internet. O aluno precisa caminhar sozinho, aprender a pesquisar, correr atrás. O projeto atende parte do processo de aprendizagem, mas não tudo”, ressaltou.