Dilma Rousseff: "Eu não vou cair. Isso aí é moleza. Não tenho medo”

“O PMDB é ótimo”, disse a presidente | 07.07.15 - 09:13 Dilma Rousseff: "Eu não vou cair. Isso aí é moleza. Não tenho medo”

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Yuri Lopes

Goiânia – A presidente Dilma Rousseff evitou rebater as críticas feitas pelo ex-presidente Lula a ela e a seu governo em entrevista concedida ao jornal Folha de S. Paulo, publicada no jornal nesta terça-feira (7/7).

Dilma ainda acusou alguns setores da oposição de "um tanto golpistas". Ainda sobre a oposição e o movimento que pede a saída da presidente do governo, Dilma foi enfática, com o dedo indicador direito erguido: "Não me atemorizam".

Além de descartar a renúncia, Dilma ainda comentou as críticas de Lula ao governo, e desmentiu que tenha tentado se suicidar.

Pergutada se ela e o seu governo estariam no volume morto, como afirmou o ex-presidente Lula durante conversa com líderes religiosos, Dilma disse que respeita Lula, mas que não se sente no volume morto.

"Lula disse que ajuste fiscal é coisa de tucano, mas a senhora fez", instiga a Folha. "Querido, podem querer, mas não faço crítica ao Lula. Não preciso. Deixa ele falar. O presidente Lula tem direito de falar o que quiser", rebateu Dilma.

Dilma ainda recusou qualquer culpa com os casos de corrupção. "Eu não sou culpada. Se tivesse culpa no cartório, me sentiria muito mal. Eu nao tenho nenhuma. Nem do ponto de vista moral, nem do político", disse.

"Para tirar um presidente da república, tem que explicar por que vai tirar. Confundiram seus desejos com a realidade ou tem uma base real? Não acredito que tenha uma base real. Não é necessário apenas querer, é necessário provar"

Questionada se tem gente do PMDB querendo tirar a presidente do cargo, Dilma negou que isso seja verdade. "Quem quer me tirar não é o PMDB. Nã-nã-nã-não" De jeito nenhum. Eu acho que o PMDB é ótimo. As derrotas que tivemos podem ser revertidas. Aqui tudo vira crise". declarou.

"Eu não vou cair. Eu não vou, eu não vou. Isso é moleza, isso é luta política. As pessoas caem quando estão dispostas a cair. Não estou. Não tem base pra eu cair. E venha tentar, venha tentar. Se tem uma coisa que eu não tenho medo é disso. Não conte que eu vou ficar nervosa, com medo. Não me aterrorizam".

Dilma encerra a entrevista desafiando qualquer um a provar que participou de corrupção. "Vão provar que algum dia eu peguei um tostão? Vão? Quero ver algum deles [oposição] provar. Todo mundo neste país sabe que não. Quando eles corrompem, eles sabem quem é corrompido".

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