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Criminalidade

"Arrependimento é para covardes", diz ladrão de carros

Suspeito foi transferido do Rio de Janeiro | 08.12.11 - 17:25 "Arrependimento é para covardes", diz ladrão de carros André Daher foi transferido do Rio de Janeiro para Goiânia (Foto: Fábio Lima)
Catherine Moraes

Recém chegado do Rio de Janeiro (RJ), André Daher, de 22 anos, considerado um dos maiores ladrões de carro de Goiás, foi apresentado à imprensa na manhã desta quinta-feira (8/12) na Delegacia Especializada em Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFRVA). Em entrevista, ele confessou ter algemado policiais militares e roubado as armas de quatro PMs em março deste ano, mas negou que mereça o título de maior ladrão de carros do Estado. Ele rebateu dizendo que só responde por tráfico e receptação, informação negada pelo delegado Glaydson Carvaho, que afirmou que Daher responde por roubos de carro. Na tarde desta quinta-feira, ele foi encaminhado à Casa de Prisão Provisória (CPP), onde permanece detido.

De acordo com a Polícia Civil, André e outros quatro comparsas - Marcos Vinícius, 19, Luiz Roberto, 18, Gustavo Henrique, 18 e Raphael  Cândido, 18 -, teriam assaltado quatro PMs no dia 24 de março deste ano. O crime aconteceu no Bairro Goiá, em Goiânia, enquanto os policiais checavam uma queixa de roubo de uma pick-up Strada. Os jovens teriam chegado em uma Hilux e um Gol e, segundo a polícia, fortemente armados renderam os quatro e fugiram após colocarem fogo na pick-up. Além disso, os ladrões levaram as quatro pistolas .40 dos militares.

Contradição

Daher contra outra versão. Ele insiste que estava sozinho, a pé, e que dois dos rapazes estavam pouco atrás, mas que apenas ele foi responsável por render os policiais, roubar as armas e incendiar a Strada. “Dos quatro rapazes que foram presos, dois deles nem estavam lá no dia. (...) Mas foram presos e condenados do mesmo jeito. Só eu estava na hora, não teve tiro e nem xingamento, do jeito que eles (policiais) falaram. Algemei os policiais mas não encostei a mão em ninguém. (...) Que covardia, os dois amigos foram presos e estão respondendo pelo crime e não tinham nada a ver,” relata Daher.

Sobre as armas e os carros, Daher também desmente a versão policial. “Vi em um jornal que nós chegamos fortemente armados em um Gol e uma Hilux. Não entendo, eu estava a pé. Eu desci a rua a pé”, completa. Questionado sobre uma suposta vontade de desmoralizar a polícia goiana com a ação criminosa, ele disse que o objetivo não era esse. “O que desmoraliza a polícia é policial pego na rua recebendo propina, pegando dinheiro dos outros. Aí é desonrar a polícia,” polemiza.

Dois dias depois do crime, Marcos Vinícius, Luiz Roberto, Gustavo Henrique e Raphael Cândido foram presos em um hotel de Pires do Rio (GO), município localizado a 142 km de Goiânia. André Daher, entretanto, continuou foragido. “Eu voltei e fui devolver as armas para o pessoal da Rotam. Depois que entreguei as armas pra os PMs em uma praça, fui para um hotel em Goiânia, dormir,” declara o rapaz.

Rio de Janeiro
André fugiu para o Rio de Janeiro e foi preso em 13 de abril deste ano, após a polícia carioca receber uma denúncia anônima. Ele estava na casa de um amigo em Bangu (RJ) e não ofereceu nenhuma resistência. Na mala do suspeito foram encontrados ainda um revólver calibre 38 e vários recortes de jornais com matérias sobre os crimes cometidos por ele. Com isso, a polícia da cidade descobriu que ele era foragido da Justiça goiana. Na época, a polícia afirmou que Daher havia oferecido R$ 2 milhões de suborno à PM para ficar em liberdade.

Na ocasião, Daher deu uma entrevista para uma emissora de TV e, quando questionado sobre o suborno ele respondeu, sorrindo: “Pô, ninguém aí quer não. Vamos conversar com eles, pra ver o que dá.” A repórter então perguntou se ele teria o dinheiro para o suborno. “Não sei, não sei. Vai que tem né?”, respondeu o rapaz.

Sobre a mesma acusação de suborno, nesta quinta-feira (8/12), Daher negou que pudesse ter feito a oferta aos policiais. “Eu não ofereci nada, a imprensa que veio com essa idiotice de falar que eu ofereci 2 milhões. No planeta, se alguém oferecer 2 milhões para outra pessoa para qualquer coisa que for, você acha que o outro não ia aceitar? Eu respondo só por um porte de armas lá. Se eu tivesse oferecido, no mínimo ia ter uma corrupção ativa lá. Isso se chama mídia, querer fazer teatro”, afirmou.

Arrependimento
André afirma que não é o maior ladrão de carros do Estado de Goiás e que só recebeu esse título porque alguém precisava de um responsável pelo roubo das caminhonetes e a polícia não estaria achando os ladrões. Sobre os crimes que admite ter cometido, Daher diz que não se arrepende de nada. “Até hoje na vida não me arrependi de nada. Arrependimento é sentimento de covarde. Você vai fazer alguma coisa pra se arrepender depois, então é melhor não fazer. Eu não pediria desculpas, não vai adiantar. Depois que você faz uma coisa, não tem como voltar atrás, né? Pedir desculpa vai fazer voltar atrás?”, questionou.

Comentários

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  • 04.04.2014 16:06 adrik

    Hoje 04/04/14, entrem lá no youtube e digitem o nome desse v.a.g.a.b.un.do. Tá lá chorando com uma bala na perna. Pedindo ajuda a Deus. Agradeça a Deus não ter morrido, e que vc mude sua vida. Vc é novo (26 anos), ainda dá tempo de fazer uma curva na sua estória. Digo isso, mas não acredito que vc mude. Vai acabar morrendo e , infelizmente, vai matar muita gente ainda.

  • 08.12.2011 08:03 João

    Puxa, mas que falta de consciência!

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