Kamylla Rodrigues e Mônica Parreira
Goiânia - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, manteve discreta sua decisão sobre os pedidos de impeachment protocolados contra a presidente Dilma Rousseff. Em Goiânia para participar do Fórum de Cidadania e Segurança Pública, o deputado disse na manhã desta sexta-feira (25/9) que não confirma, mas também não descarta a realização de um processo.
“Ainda que eu negue, a oposição vai recorrer e a decisão é do plenário”, resumiu. Na quinta-feira (24/9), Cunha leu em plenário a resposta à questão de ordem apresentada por partidos da oposição. O texto falava sobre o rito a ser adotado pela Casa para a análise de um possível processo de impeachment da presidente.
Durante a leitura, o presidente da Casa explicou que a eventual comissão para analisar a abertura do processo será composta por representantes de todos os partidos, sendo 66 titulares e 66 suplentes. Para o parecer ser aprovado, pelo menos dois terços terão que votar a favor, ou seja, 342. Caso o processo de impeachment seja aberto, Dilma terá que se afastar do cargo durante 180 dias, enquanto o caso seja julgado pelo Senado.
(Foto: Mônica Parreira/A Redação)
Enquanto Cunha participava do evento sobre segurança pública, realizado no Hotel Mercure, manifestantes realizaram um ato do lado de fora. Vestido de verde e amarelo, com a mensagem “SOS Brasil” estampada na camiseta, o grupo pedia a Cunha uma atenção especial sobre os processos envolvendo a presidente. “Seja diferente, seja decente”, dizia um dos cartazes. Em outro, era possível ver a palavra impeachment escrita em vermelho.
O Fórum de Cidadania e Segurança Pública reuniu especialistas e empresários durante toda a manhã na capital goiana. Marcaram presença o governador de Goiás, Marconi Perillo, o governador do Mato Grosso, Pedro Taques, além de secretários e demais autoridades políticas.