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Agenda positiva

Brasil Central assina parcerias importantes em Campo Grande (MS)

Grupo fechou acordos em prol da gestão pública | 03.10.15 - 19:10 Brasil Central assina parcerias importantes em Campo Grande (MS) (Foto: divulgação)
 
A Redação 
 
Goiânia - Um dos principais articuladores do Movimento Brasil Central (MBrC), o secretário de Gestão e Planejamento de Goiás, Thiago Peixoto, voltou de Campo Grande (MS) satisfeito com os resultados da 4ª reunião de secretários e do 4º fórum de Governadores.

“Caminhamos, cada vez mais, na consolidação do bloco político e econômico da região. Estamos construindo uma agenda positiva que foge desse discurso dominante no país hoje que é o da crise e do ajuste fiscal”, disse o deputado federal licenciado.
 
Entre os avanços da reunião em Mato Grosso do Sul, constam a assinatura de acordos com duas entidades sem fins lucrativos: o Teach For All e o Vetor Brasil. Ambos trabalham com melhoria na gestão pública. O primeiro, com professores, e o segundo, com profissionais recém-formados de outras áreas. “Temos uma experiência, na Segplan, com trainees do Vetor que vem dando muito certo. Temos três deles em atividade hoje e no ano que vem, vamos ampliar para outras áreas do Governo de Goiás”, explica Thiago Peixoto.
 
Para ele, a presença das duas entidades junto ao MBrC vai servir para duas áreas fundamentais de atividade do recém-criado Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central (CBrC).

“Educação e planejamento são duas áreas essenciais para as nossas pretensões de garantir a construção de um agenda de desenvolvimento e, mais do que isso, de executar ações no sentido de fortalecer nossa economia e nossas políticas sociais”, acrescenta o secretário.
 
A ideia é colocar professores em início de carreira e trainees para atuar no consórcio e ficarem à disposição das unidades da federação do bloco: Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Rondônia.

“Além de trabalhar na elaboração de políticas públicas, eles também poderão participar da execução, na linha de frente. Mas os modelos ainda serão definidos. O importante é que serão instrumentos a mais para o nosso trabalho. E o importante é que são parcerias independentes que estamos estabelecendo dentro do bloco. O consórcio, aliás, também tem um perfil duplo de formular e aplicar, executar as ações”, reforçou Thiago Peixoto.
 
Além das parcerias, em Campo Grande a aprovação das leis em quatro das seis unidades da federação levou à criação efetiva do Consórcio Brasil Central (apenas DF e Mato Grosso do Sul não aprovaram ainda, nas casas legislativas, os protocolos de intenções que os autorizam a integrarem o consórcio). “Já existimos como consórcio, mas não adianta só isso. Precisamos agora criar projetos e, mais importante ainda, implantá-los. É fundamental a concretização de nossas ações. É isso que nos fará diferentes”, afirma o governador goiano Marconi Perillo.
 
Outro ponto importante foi a presença, mais uma vez, do Movimento Brasil Competitivo (MBC) em mais uma reunião de secretários e governadores do Brasil Central. A entidade, que trabalha na melhoria da gestão pública, é parceira do Governo de Goiás em vários projetos e ações e passou a acompanhar de perto do MBrC a partir da reunião de Palmas, em setembro.

Em Campo Grande, o Itaú Social também apresentou aos secretários e governadores o seu projeto de tutoria pedagógica. “O máximo que pudermos adquirir de experiências inovadoras e usufruir delas, vamos fazê-lo. Não precisamos inventar a roda. A questão é pegar o que já vem sendo feito como receita de sucesso e aplica-la no Brasil Central”, justifica Thiago Peixoto.
 
O modelo do Consórcio Brasil Central, que propõe, entre outras coisas, uma ação direta dos estados independente de repasses federais, é tão inovador que vem despertando interesse de outros estados e de instituições de fomento e financiamento. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) pretende começar a acompanhar as reuniões do bloco e abrir o caminho para financiar projetos futuros. “Estamos invertendo a lógica de desenvolvimento regional, que era de cima para baixo, do governo federal para os Estados. Vamos nos organizar para fortalecer o bloco e retomar o protagonismo dos governadores”, explica Thiago Peixoto.
 
Histórico
Os antecedentes de criação do MBrC vêm do final de 2014, quando Thiago Peixoto e o pensador social Roberto Mangabeira Unger se encontraram nos Estados Unidos, onde este é professor. O goiano foi falar na Universidade de Harvard sobre os avanços educacionais em Goiás entre 2011 e 2013, quando o deputado federal reeleito foi secretário de Educação. “Na nossa conversa, descobrimos a ideia em comum da possibilidade de criação de uma agenda de desenvolvimento vanguardista a partir da região central do país”, lembra Thiago.
 
Já em 2015, com Mangabeira à frente da extinta Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República e com Thiago na Segplan Goiás, os dois voltaram a falar sobre o assunto. “Perguntei se ele mantinha viva a ideia e se nos apoiaria caso Goiás resolvesse liderar um movimento deste tipo. Ele não só concordou como, em junho, fez um desafio, em Goiânia, para que o governador Marconi Perillo fosse o líder da ação”, conta o secretário.
 
Marconi incumbiu Thiago da missão de organizar uma reunião de governadores em Goiânia e que começasse a formular as bases de uma agenda regional de desenvolvimento. No início de junho aconteceu o 1º Fórum de Governadores do Brasil Central, em Goiânia, onde foi assinado um termo de cooperação entre os estados que criou o bloco (Rondônia entrou depois). Depois disso, já ocorreram reuniões em Cuiabá (agosto), Palmas (setembro) e Campo Grande (outubro). Existem encontros marcados já para Brasília (novembro) e Porto Velho (dezembro).
 
O encerramento dos trabalhos do MBrC em 2015 deve ocorrer em Goiás na segunda quinzena de dezembro. A Segplan Goiás está trabalhando na organização de um seminário em Pirenópolis no qual será feita uma avaliação do que ocorreu ao longo do ano e serão traçadas as diretrizes para o próximo ano. A tendência é manter o modelo de pelo menos uma reunião mensal entre os governadores. “Precisamos manter viva essa chama. Estou entusiasmado”, conclui Marconi Perillo.

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