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Terrorismo

Ataque a hotel no Mali deixa ao menos 27 mortos

Reféns foram liberados | 20.11.15 - 17:26
São Paulo - Um grupo de pelo menos dez homens islâmicos armados invadiu um hotel de luxo repleto de estrangeiros na capital do Mali, Bamako, nesta sexta-­feira, 20, fazendo 170 reféns em uma ex­colônia francesa que tem lutado contra rebeldes aliados à Al­Qaeda há vários anos.
 
De acordo com a agência Reuters, o grupo jihadista africano Al­-Mourabitoun, braço da Al­-Qaeda, reivindicou a autoria do ataque ao hotel Radisson Blu, que fica a oeste do centro da cidade, perto de ministérios e escritórios diplomáticos. O atentado ocorre uma semana depois que militantes do Estado Islâmico mataram 129 pessoas em Paris.
 
As Forças de Segurança do Mali iniciaram uma operação, apoiados pela presença das forças da ONU no Mali (Minusma), conseguiram entrar no hotel e libertar os reféns, que estavam no sétimo andar do prédio. Testemunhas disseram ter ouvido um grande tiroteio do lado de dentro durante a operação. A situação terminou após mais de cinco horas, segundo o Exército.
 
O Ministério da Segurança do país confirmou que três pessoas morreram, mas integrantes da força de paz da ONU dizem ter contado 27 corpos no local: 12 no térreo e 15 no segundo andar. Autoridades do Mali afirmam que dois jihadistas morreram. O diplomata belga Geoffrey Dieudonne foi um dos reféns que morreram no hotel, segundo autoridades. A informação sobre o número de mortos ainda não está confirmada.
 
Uma fonte sênior de segurança disse que alguns dos reféns só foram libertados depois de recitarem versos do Corão. 
 
De acordo com o comandante do Exército do Mali, Modibo Nama Traore, pelo menos dez homens entraram no hotel gritando "Allahu Akbar" (Deus é grande) antes de atirar contra os seguranças. Eles teriam entrado no hotel, considerado o mais seguro da capital, em um  carro com credencial diplomática.
 
Equipes de segurança isolaram o hotel Radisson, onde estavam hospedados delegados da Organização Internacional da Francofonia e participantes de um encontro previsto para este sábado sobre novas tecnologias. As embaixadas dos EUA e da França chegaram a pedir para seus cidadãos em Bamako se abrigarem onde fosse possível.
 
Reféns
Segundo o The Guardian, estavam hospedados no hotel cidadãos turcos, franceses, indianos, chineses e da Guiné. Até o momento, segundo balanço do jornal britânico, foram libertados pelo menos 20 indianos, 12 franceses, 7 argelinos, 6 americanos, 6 turcos, 4 chineses, 2 alemães e um guineense.
 
A agência estatal chinesa Xinhua informou que um hóspede chinês enviou mensagem por meio de chat em um aplicativo dizendo que havia vários chineses entre os reféns ­ quatro foram libertados.
 
A companhia aérea Turkish Airlines também confirmou que havia funcionários da empresa presos no hotel, mas seis deles já foram soltos ­ informação confirmada pelo primeiro­ministro turco. A Air France afirmou que 12 integrantes da companhia que estavam no hotel estão "salvos e em segurança".
 
O ministério de Relações Exteriores da Alemanha confirmou que dois cidadãos alemães estão entre os reféns libertados. O Ministério de Relações Exteriores da Índia informou que 20 indianos que estavam no hotel estão "em segurança".
 
Um porta­voz do Departamento de Estado dos EUA afirmou que cidadãos americanos podem estar entre os reféns.
 
Por conta do ocorrido, o presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keita, encurtou sua viagem ao Chade, onde participava de um encontro de países da região do Sahel. 
 
Tropas
Uma equipe de 40 policiais de elite da polícia francesa, a Gendarmaria, especializada em situações com reféns, foi enviada ao Mali. Além da equipe das Forças Especiais de Intervenção (GIGN), tropas americanas foram ao local para ajudar. Nos EUA, o presidente Barack Obama acompanhou a situação.
 
Em 2012, vários grupos jihadistas vinculados à Al­Qaeda se apoderaram de zonas ao norte de Mali. Muitos deles foram expulsos graças ao lançamento, em janeiro de 2013, de uma operação militar internacional deflagrada pela França.
 
Mas ainda há zonas fora do controle das forças de Mali e aliados estrangeiros. Por um período, os ataques jihadistas se concentraram no norte, mas desde o começo de 2015 se estenderam para o centro e desde junho para o sul do país. 
 
Jihadistas. O grupo Al­Mourabitoun, formado há dois anos e liderado pelo ex­integrante da Al­Qaeda Mokhtar Belmokhtar, reivindicou a autoria de outros ataques na região: a morte de cinco pessoas em março em um restaurante em Bamako, um ataque suicida contra forças da ONU no norte do Mali em abril e um ataque a um hotel em Sevare em agosto. (Agência Estado com informações da Agência EFE e AFP)

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