A Redação
Goiânia - Pais de alunos do Colégio Estadual Ismael Silva de Jesus, em Goiânia, se organizaram na manhã desta segunda-feira (25/1) para retirar os manifestantes que ocupam a escola desde o dia 16 de dezembro. O grupo instalado no local se diz contra a implantação das organizações sociais na Educação em Goiás e impediu o início do ano letivo na unidade.
Acompanhados de conselheiros tutelares, os pais foram até a unidade para tentar expulsar os manifestantes do local, a fim de que as aulas tenham início. Na última semana, a Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Seduce) anunciou que o ano letivo nas escolas ocupadas só começaria depois que elas estivessem vazias e fossem vistoriadas. A onda de manifestações pelo Estado afetou a rotina de mais de 16 mil estudantes.
A Polícia Militar (PM) foi acionada pela comunidade e acompanhou a movimentação. Segundo relatos dos pais, a escola estava danificada. Na página
Secundaristas em Luta - GO, o grupo chama os policiais militares de "cães de guarda" e acusam violência por parte de "pessoas da comunidade".
Uma publicação feita nesta manhã também acusa agressões por parte da polícia. Em nota, a assessoria da corporação informou que não tem ocorrências envolvendo a PM nestes casos.
(Foto: enviada via WhatsApp)
Outro caso
Até a manhã desta segunda-feira (25/1), a Seduce registrava um total de 26 escolas ocupadas. O último movimento aconteceu na noite de sábado (23), no Colégio Estadual Rui Barbosa, em Aparecida de Goiânia. A unidade escolar chegou a iniciar o ano letivo normalmente na semana passada.
Na manhã desta segunda-feira (25), o grupo ocupava a sala dos professores. Os alunos da unidade entraram na escola e iniciaram as aulas normalmente, mas os manifestantes tentam impedir o andamento das atividades. Um mediador do projeto "Paz na Escola" conversa com o grupo.
(Foto: A Redação)
Na sexta-feira (22), a Justiça determinou a reintegração de posse de 11 escolas estaduais ocupadas por manifestantes que se dizem contra as organizações sociais. Para os juízes das comarcas de Anápolis e Aparecida de Goiânia, os invasores se apossaram, sem direito, do controle escolas – o chamado esbulho possessório (usurpação de propriedade).
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