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Entrevista

Alysson Lima deixa apresentação de jornal para se dedicar à pré-campanha

Jornalista é pré-candidato a vereador | 11.07.16 - 19:18 Alysson Lima deixa apresentação de jornal para se dedicar à pré-campanha Alysson Lima (Foto: Renato Conde / Jornal A Redação)
Lucas Cássio
 
Goiânia - “Eu sonhei ser radialista, ser jornalista foi acontecendo naturalmente”. Foi o que afirmou o jornalista e apresentador da TV Record Goiás Alysson Lima durante visita ao Jornal A Redação sobre sua carreira profissional. Natural do Paraná, Alysson trabalha em Goiás desde 2009, ano que foi convidado a fazer parte do time de profissionais da emissora. Durante entrevista ao AR, o apresentar falou sobre seu trabalho, sobre o famoso jornalismo popular e também sobre um possível futuro político.

Confira parte da entrevista:

 

Entrevista com Alysson Lima (Vídeo: Renato Conde / Jornal A Redação) 
 
Com uma longa trajetória até chegar ao jornalismo popular, Alysson não nega a classificação de sensacionalista atribuída por muitos ao gênero jornalístico. “Existem pessoas que realmente fazem espetáculo com isso”, disse. “Eu procuro desenvolver uma visão de 360º sobre o assunto. Não é fácil, nós somos motivados pela emoção”, assumiu. 
 
O jornalista ficou à frente da apresentação do Goiás no Ar, programa jornalístico matinal da Record Goiás, por quase sete anos. Diferente do colega de emissora Oloares Ferreira, que nega qualquer participação na vida política, Alysson Lima se afastou da apresentação do programa no dia 29 de junho para realizar uma pré-campanha a vereador por Goiânia. “O convite partiu do presidente do partido e eu tive o apoio do Luciano Ribeiro Neto, diretor executivo da Record Goiás, que sabe da importância da política para o desenvolvimento do país”, disse. “Já são três anos que a gente vem pensando nessa questão e agora eu resolvi aceitar e já estou em pré-campanha”, completou.
 

(Foto: Renato Conde / Jornal A Redação) 
 
O jornalista começou a carreira no rádio, ainda em 1990. Trabalhou oito anos em São Paulo, onde passou pelas emissoras Jovem Pan e Rádio Metropolitana. Em 2003 começou a trabalhar em uma emissora de TV em Palmas (TO), em um programa de televendas. Logo depois começou a apresentar um programa de jornalismo popular, também em Palmas. Em 2009 surgiu uma proposta para trabalhar na Record Goiás, onde permanece até hoje. 
 
Confira a entrevista na íntegra: 
 
JORNALISMO
A.R - Qual a importância do jornalismo popular na sua opinião?
Alysson Lima - O Brasil, infelizmente, é um pais pobre. As camadas sociais estão bem configuradas. Temos uma população rica que é minoria. O país tem uma classe média que está em expansão, mas temos também uma população muito pobre que precisa de pessoas que possam apresentar suas demandas, suas reclamações e é por aí que transita o jornalismo popular. Hoje, por exemplo, o assunto temático do Brasil é a questão da violência e a televisão aborda isso. Eu não sou daquele tipo de jornalista que gosta de fazer da violência um espetáculo. No modelo de jornalismo que eu faço, além do leque da violência, tem questões do transporte coletivo, saúde pública e outros problemas da sociedade. A população muitas vezes projeta em nós, âncoras e apresentadores de programas populares, as pessoas que podem ajudá-los a resolver esses problemas.  Nem sempre a gente consegue resolver tudo.
 
A.R - Muitas pessoas classificam esse jornalismo popular como sensacionalista, você concorda com essa classificação?
Alysson Lima - Concordo até certo ponto. Existem pessoas que realmente fazem espetáculo com isso. Eu não vou citar nomes, mas tem vários programas que tripudiam em cima do ser humano. Eu procuro desenvolver uma visão de 360º sobre o assunto. Não é fácil, nós somos motivados pela emoção, mas eu procuro fazer um jornalismo que seja o menos sensacionalista possível.
 
A.R - Quando foi seu primeiro contato com o jornalismo?
Alysson Lima - O jornalismo é um processo que aconteceu na minha vida. Tive essa experiência quando eu trabalhava em Aracajú, em uma rádio que se chamava Atalaia FM. Nesse período eu comecei a fazer participações em programas esportivos e flashes jornalísticos. O governador de Sergipe na época, Albano Franco, providenciou para jornalistas práticos, que não tinham diploma, um curso no Senac de Radiojornalismo, foi aí o meu mergulho inicial no jornalismo. Foi esse curso que me deu a base na profissão. Não sou jornalista formado, sou por vocação. 
 
A.R - Como é seu contato com o público?
Alysson Lima - Eu fui vivendo etapas. Em alguns momentos eu fiz reportagens, em outros fiz muitas matérias factuais e em certos momentos preferi fazer reportagens comunitárias. Hoje me encontrei como apresentador. O meu estilo de jornalismo não chega a ser extremamente popular, eu faço um jornalismo um pouco mais equilibrado. Na reportagem eu gosto de fazer algo mais próximo do cidadão, mostrando problemas do cotidiano, desde um problema de ônibus lotado a uma lâmpada que está faltando em um poste. 
 
TRAJETÓRIA 
A.R – Como foi sua trajetória até chegar em Goiás?
Alysson Lima - Eu cheguei em Goiânia em maio de 2009 para trabalhar em uma rádio. Passei uma temporada de cinco anos no Tocantins apresentado programas de TV. Em 1990 comecei a trabalhar em rádio, foi aí que comecei a percorrer o Brasil. Trabalhei no Paraná, em São Paulo por oito anos, tive uma passagem pelo Rio de Janeiro apresentando um programa na Record. Por meio da minha profissão eu tive a alegria de conhecer as cinco regiões do Brasil. Isso é muito bom pra mim como apresentador de televisão porque você pode traçar paralelos e fazer comparações. Na Record eu entrei em novembro de 2009 diretamente para apresentar o Goiás no Ar.
 
A.R – Como foi seu primeiro contato com emissoras de TV?
Alysson Lima - Eu comecei a fazer televisão em 2003, em Palmas, apresentando um programa de televendas. Em 2004 o pessoal viu em mim a possibilidade de apresentar um programa popular em Palmas e me convidaram. Na época eu apresentei o Tocantins Urgente, do SBT da cidade, por quatro anos. De lá para cá são 13 anos fazendo televisão.
 
A.R – Quais as dificuldades que você enfrentou em Goiás até chegar no patamar atual?
Alysson Lima -  Os seis primeiros meses foram bem difíceis na questão de adaptação. Tive muita dificuldade com os bairros, linguagem e com a questão cultural.
 
A.R – São sete anos no comando do Goiás no Ar. Como foi para entrar no programa?
Alysson Lima - Eu tinha um programa piloto circulando pela Record de São Paulo que chegou nas mãos do Douglas Tavolaro. Ele gostou e me chamou para fazer um teste.
 
POLÍTICA 
A.R - Muitos profissionais do jornalismo popular têm encarado o desafio de entrar em uma carreira política. Esse é o caminho que o você deve percorrer?
Alysson Lima - Sim. Eu sou pré-candidato a vereador de Goiânia pelo PRB. Foi um convite que partiu do presidente do partido e eu tive o apoio do Luciano Riberio Neto, diretor executivo da Record Goiás, que sabe a importância da política para o desenvolvimento do país. Já são três anos que a gente vem pensando nessa questão e agora eu resolvi aceitar. Já estou em pré-campanha. Estou com um desafio enorme que é conciliar o meu trabalho na televisão com o trabalho legislativo. A missão é muito árdua, mas eu estou encarando com muita responsabilidade. 
 

(Foto: Renato Conde / Jornal A Redação) 
 
A.R - A proximidade com a comunidade te motivou a entrar na política?
Alysson Lima - Eu sempre gostei de política, eu vejo as pessoas desanimadas, mas também percebo que não tem como viver sem ela. Uma simples travessia na rua tem política no meio. São políticas públicas que devem ser encaradas por pessoas sérias.
 
A.R - Quais são os maiores problemas que Goiânia tem enfrentado atualmente?
Alysson Lima - Goiânia está entre as cidades com o maior Índice de Desenvolvimento Humano. O problema de Goiânia é periférico, são os bolsões de miséria e violência. Se a prefeitura não enfrentar isso, Goiânia vai ficar um Frankenstein, uma cidade desconfigurada. Uma parte muito bem organizada e outra totalmente depreciada. 
 
 
 
 
 
 

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