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ENTREVISTA EXCLUSIVA

Haroldo Reimer: "UEG deixou de ser problema e se tornou cartão de visita"

Reitor detalha situação da universidade | 10.03.17 - 19:33 Haroldo Reimer: "UEG deixou de ser problema e se tornou cartão de visita" (Foto: Letícia Coqueiro / A Redação)
Adriana Marinelli e João Unes

Goiânia
Em seu segundo mandato à frente da reitoria da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Haroldo Reimer comemora os avanços conquistados pela instituição nos últimos anos. Para ele, a UEG, que passou por fases difíceis em um passado não muito distante, vive situação confortável atualmente. “Deixou de ser um problema e se tornou um cartão de apresentação, de visita”, comemora o reitor, que testemunhou nos últimos anos a “reconfiguração” da instituição. 

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Em entrevista exclusiva ao jornal A Redação na tarde desta sexta-feira (10/3), Haroldo Reimer falou com orgulho do salto de avanços registrados pela UEG e destacou a saída do que chamou de “inferno astral”, fazendo referência aos anos de 2013 e 2014, quando a universidade amargou período de greve e passou por outras situações de turbulência. “A realidade agora é outra. A UEG está entre as três instituições do Estado de Goiás que tiveram algum curso com nota máxima no Enade divulgado nesta semana. As instituições são UEG, a UFG e a Universidade de Rio Verde. Junto com a Federal, tivemos nota máxima em Administração”, pontua. 


Haroldo Reimer, João Unes e Wolney Unes (Foto: Letícia Coqueiro)
 
Para Reimer, a boa relação entre a instituição e o governo do Estado, os investimentos na área de tecnologia e inovação, além da qualidade do corpo docente foram fundamentais par garantir o retorno da UEG às manchetes positivas. Conforme afirmou o reitor ao AR, a meta é colocar a instituição goiana entre as 100 melhores universidades do Brasil. 
 
A UEG conta atualmente com 138 cursos de graduação, 64 cursos de especialização, onze mestrados e dois doutorados, sendo todos gratuitos. “Dos 246 municípios goianos, somente nove contam com cursos de mestrado ou doutorado. Desses nove, a UEG é pioneira em cinco”, acrescenta. 
 
Confira os assuntos que pautaram a entrevista concedida por Haroldo Reimer:
 
Inovação
“A universidade se estruturou nos últimos dois anos para uma melhor interface entre a academia e a sociedade/arranjos produtivos. Temos um programa de incubação de empresas chamados Proin.UEG, que é referência no cenário goiano e, inclusive, figura entre os 300 melhores do cenário nacional, segundo uma mensuração de uma universidade da Noruega", disse. 
 
"Nós criamos também a Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia (AITT), que se espelha no exemplo da Agência USP de Inovação. Já firmamos por meio dessa agência vários convênios com empresas no sentido de colocar os ativos intelectuais da universidade em diálogo com as demandas que empresas têm para melhorar projetos e produtos. A ideia é agregar mais valor àquilo que é produzido em Goiás. Agora, estamos trabalhando num projeto que vai levar o nome de Inova Campus. Envolve a construção de um prédio, em Anápolis, onde vamos instalar tanto o Proin.UEG quanto a AITT, além de outros projetos voltados para a área tecnológica”. 


(Foto: Letícia Coqueiro/A Redação)
 
Cursos
“Nos últimos quatro anos a UEG passou por uma reconfiguração significativa no que tange a oferta de mestrado e doutorado. Quando eu assumi, em 2012, nós tínhamos dois mestrados e dois doutorados. Hoje temos onze mestrado.  Na graduação, estamos em um processo de redesenho institucional. A UEG conta hoje com 138 cursos de graduação, 64 cursos de especialização, 11 mestrados, todos gratuitos. 
 
Por conta dessa reconfiguração, nós também avançamos no número de matriculados. Em decorrência da crise enfrentada pela instituição em 2010, 2011 e 2013, nós chegamos em 2015 com cerca de 15 mil alunos. Começamos 2017 com quase 20 mil alunos matriculados. 
 
Começamos o ano com a criação do curso de Medicina Veterinária no campo de São Luís de Montes Belos, que foi recorde nacional para o curso no que tange a relação candidato/vaga. Foram 55 candidatos por vaga. Isso mais do que se vê em Medicina na USP. 
 
Avaliação
“Nós temos perto de 200 instituições que levam o nome de universidade no Brasil. Nós estávamos na posição 153 e avançamos para a posição 113 em 2015. No ano passado tivemos um pequeno recuo, mas esse ano esperamos avançar. Fonte é o Ranking Universitário da Folha de S. Paulo. Quero terminar minha gestão, meu segundo mandato, com a UEG entre as 100 melhores universidades do Brasil. Queremos ser sempre referência em Goiás e estar entre as cinco melhores do Centro-Oeste”.  
 
Relação com o governo
“A relação entre a UEG e o governo do Estado tem experimentado uma maturidade nos últimos anos, com audiências regulares entre o reitor e o governador para tratar uma sério de demandas. Por vezes falamos de orçamento. Eu apresento demandas da UEG para que seja cumprido sempre o que está previsto na Constituição para que a Sefaz-GO repasse à universidade os recursos. Cabe registrar que o governador tem feito os repasses e nós temos autonomia administrativa com relação a esses recursos”. 

Internacionalização 
“A UEG tem participado com uma regularidade das missões internacionais lideradas pelo governador Marconi Perillo. Dessa vez, participamos da missão nos Emirados Árabes. Do ponto de vista diplomático e cultural, essas viagens são extremante importantes, já que divulgam o Estado de Goiás no cenário internacional. 
 
Visitamos as instalações do Masdar Instituto de Ciência e Tecnologia (MIST), uma instituição criada pelo governo dos Emirados Árabes há onze anos e que tem se tornado referência no cenário internacional quando o assunto é pesquisa e soluções tecnológicas no campo das energias renováveis. 


(Foto: Letícia Coqueiro)
 
O instituto oferece dez bolsas de mestrado e doutorado a brasileiros por ano, sendo que nos últimos anos esse contingente não tem sido completado. Nós assumimos junto com a reitoria de relações internacionais de fazer divulgação na UEG quanto nas instituições vinculadas à rede goiana de Educação Internacional. Foi assinado um Termo de Cooperação entre o instituto e entre a UEG no que tange ao desenvolvimento de projetos em parceria no campo de energias renováveis. Em especial, se destaca a enorme pesquisa que eles têm no campo da energia fotovoltaica. 
 
Sobre resultado de outras missões, destaco a missão de 2015. Firmamos naquele ano na Bélgica uma importante parceria com a Universidade de Liège, que já está rendendo frutos em termos de importantes projetos de pesquisa na UEG de São Luís de Montes Belos, onde recentemente inauguramos o Centro de Biotecnologia em Reprodução Animal”. 
 

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