A Redação
Goiânia - Conselheiros da Ordem dos Advogados do Brasil – seção Goiás (OAB-GO), Waldemir Malaquias da Silva, Danúbio Cardoso Remy Romano Frauzino e Sérgio Murilo Inocente Messias anunciaram, por meio de uma carta, a retirada de apoio à atual gestão da seccional goiana. No documento, eles afirmam que a "gestão não está cumprindo com as promessas de campanha".
“Os resultados apresentados pela atual Gestão da OAB/GOIÁS, passados pouco mais de um ano de sua posse, estão muito longe do prometido. A confusão entre Gestão política e administrativa, entre público e privado, entre pessoal e institucional, contribuiu em muito, para chegarmos a uma conclusão: que a ADVOCACIA ficou em segundo plano”, diz a carta.
No documento, os advogados afirmam que a bandeira levantada durante a campanha, que era de resgatar o respeito da advocacia, não está sendo respeitada. “Estamos assistindo os (as) advogados (as) andarem ainda de cabeça baixa nos Fóruns e Tribunais; as instituições e os operadores do direito, dentre Juízes, Delegados, Promotores e Funcionários, tratam os (as) advogados (as) sem o devido RESPEITO que existia outrora”, afirmam.
Leon Deniz, Conselheiro Federal e Vice-Presidente da Comissão Nacional de Legislação da Ordem dos Advogados do Brasil, reconhece que, por falta de habilidade e diálogo, a seccional goiana está passando por um momento turbulento. “Em virtude destes fatos explícitos e formais ampliarei as visitas e os diálogos com as vanguardistas lideranças dos quatro cantos de Goiás, bem como, com os que convergiram e hipotecaram apoio a Carta Programa apresentada, além de inúmeros jovens e experimentados advogados que mantemos permanente para um enriquecedor debate em prol dos ideários por uma Ordem participativa, transparente e independente, digo voltada para os interesses da sociedade e de seu principal patrimônio, a advocacia”, disse em nota divulgada hoje (17/3).
O presidente da OAB-GO, Lúcia Flávio, disse que respeita a decisão dos conselheiros e que a atitude faz parte da democracia.
Bastidores
Nos bastidores, o assunto tem ganhado força para as articulações com vistas à próxima eleição na OAB-GO, que vai ser realizada no ano que vem. Além da dissidência na atual gestão, também se articulam para lançar candidato os dois grupos que antes compunham a OAB Forte.
Segundo um advogado que disputou as eleições de 2015, uma parcela da OAB Forte insatisfeita com a derrota de Flávio Buonaduce se aproxima do grupo liderado pelo ex-presidente Enil Henrique com o objetivo viabilizar um nome de consenso para que os dois grupos voltem a se unir. São citados como possíveis agregadores e potenciais candidatos à presidência os advogados Miguel Cançado, Julio Cesar Meirelles e Enil Neto.
(Foto: Reprodução / Facebook) 
