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Goiás Biométrico

Novo sistema de identificação civil e criminal começa a funcionar em Goiás

Modelo é um dos mais modernos do País | 07.05.17 - 14:56 Novo sistema de identificação civil e criminal começa a funcionar em Goiás (Foto: Jota Eurípedes)A Redação

Goiânia -
 O Instituto de Identificação da Polícia Civil de Goiás começou a utilizar, neste mês de maio, o sistema informatizado de impressão digital (Afis), software do programa Goiás Biométrico que permite atender de forma inovadora aos usuários. O sistema de identificação civil e criminal é um dos mais modernos e amplos do país. Além de inserir no cadastro de cada cidadão os seus dados biométricos, o Afis possibilitará a formação de um banco de dados que integrará todas as identidades da população goiana.
 
Já nos próximos dias, tão logo o Instituto de Identificação realize os pregões para a compra de insumos necessários à ampliação dos serviços, a nova carteira de identidade biométrica poderá ser solicitada em qualquer posto de identificação do estado de Goiás, na capital e no interior. “Uma das facilidades será a redução do prazo de entrega, que passa de 40 dias para 7 dias, no interior, e de 30 dias para 3 dias, se o serviço for solicitado em um dos postos da capital”, afirma o diretor do Instituto de Identificação, Antônio Maciel Aguiar Filho. Além das identidades, o Instituto confeccionará carteiras e cartões funcionais teslin, também biométricos. 
 
Os novos documentos passam a contar com digitalização das biometrias, entre elas a fotografia, não sendo mais necessário a pessoa levar fotos, as impressões digitais e a assinatura. A inserção do QrCode, no verso do documento, permitirá a consulta da autenticidade junto ao Instituto de Identificação da SSPAP. Confeccionado em papel moeda, o novo layout possui fundo invisível e película auto aderente sensíveis à luz ultravioleta. O novo RG não será plastificado. O Instituto fornecerá o porta-documento ao usuário.
 
Para a expansão dos serviços de emissão, está em processo de licitação os novos modelos de carteiras de identidade e funcional e também para os cartões teslin. Dentre as carteiras que estão sendo confeccionadas pelo Instituto de Identificação consta a nova funcional provisória do Agente Prisional Temporário e também a Carteira de Identidade Social, em atendimento a lei específica editada pelo governo de Goiás, para a identificação dos que adotam um nome diferente do gênero.
 
O software Afis, que é um sistema informatizado de impressão digital, foi adquirido pelo governo de Goiás mediante licitação de um consórcio formado por quatro empresas e liderado pela japonesa NEC, há cerca de um ano e meio. Atualmente, onze estados já utilizam o Afis. No entanto, Goiás ampliou de tal forma a sua aplicação dentro do programa Goiás Biométrico, que se torna um dos poucos a empregar o software com tamanha abrangência, tanto para a área civil quanto para a criminal.
 
De acordo com Maciel, o software foi adquirido por R$ 33,8 milhões pelo governo de Goiás. Ele explica que o sistema já tem no seu banco de dados todas as fichas digitalizadas das identidades feitas no estado de Goiás a partir de 1990. “Mas, das 120 mil fichas que digitalizamos, apenas a metade continha foto e impressão digital; a outra metade era apenas de fichas com nomes”, acentuou. Nos dois primeiros meses em que funcionou de forma experimental, o Goiás Biométrico já realizou 411.903 procedimentos, sendo 197.428 em fevereiro, e 214 mil 475 no mês de março.
 
O Instituto de Identificação da Polícia Civil de Goiás utiliza dois sistemas de identificação: um que é nacional, da Polícia Federal, com uma estação; e o Goiás Biométrico, com 25 estações ou terminais de análises. O primeiro é alimentado por todos os estados brasileiros e permite o cruzamento de digitais e perfis entre as policiais de forma interestadual. Já o Goiás Biométrico usado por onze estados, inova em tecnologia (de identificação biométrica) e abrangência. Com várias ferramentas, o Goiás Biométrico tem um alcance quase ilimitado no que se refere a cadastros de serviços e programas no estado, criando uma base única de dados dos cidadãos goianos.
 
Possibilidades
Conforme destacou o diretor do Instituto, Antônio Maciel, além da identidade civil, funcional e criminal, o Goiás Biométrico que tem na sua essência o software Afis, oferece uma gama de possibilidades. “O sistema permitirá, por exemplo, o cadastro dos servidores do estado com base na folha de pagamento; poderá ser aplicado na área de saúde, com o cadastro do perfil biométrico dos usuários de medicamentos de alto custo, para controle de receitas e outros serviços, além de cadastro de beneficiários de programas sociais desenvolvidos pelo governo do estado”, informou.
 
O Instituto pretende, ainda, de acordo com Antônio Maciel, fazer parcerias com os cartórios e instituições financeiras para a prestação de serviços de certificação. Segundo explica, essa cooperação visa impedir ações de estelionatários e outros que apresentam documentos suspeitos na hora de usar os bancos ou cartórios. “Se alguém chega a um cartório para fazer uma transação e apresenta um documento, imediatamente o Instituto de Identificação poderá certificar se o documento é falso ou se foi emitido pelo instituto”, disse o diretor, explicando que de igual forma o Instituto poderá certificar documentos apresentados em instituições financeiras.
 
Tecnologia avançada auxilia na solução de crimes
Um dos maiores avanços promovidos pelo Goiás Biométrico é a mudança do sistema de identificação criminal, o que permitirá uma maior capacidade de investigação para a Polícia Civil. Com o sistema Afis, a certificação de suspeitos constantes na base de dados integrada será automática, permitindo inclusive a constatação online em sistema móvel. Além disso, o novo sistema possibilitará aos policiais conhecer os antecedentes criminais em tempo real nos postos de identificação.
 
“Para a investigação policial, isso significa um avanço muito importante”, observa o diretor do instituto, ao ressaltar que, a partir de um simples fragmento de digital em local de crime, é possível fazer a identificação de autoria. “Esse fragmento é revelado e inserido no sistema que pesquisa no banco de dados, inclusive no banco de identidades civis, e vamos ter um rol de suspeitos que, no processo de análise e comparação, vão sendo, um a um, eliminados até chegarmos à autoria”, explica.
 
“Dessa forma, o trabalho realizado pelo Instituto pode colocar na cena de crime uma pessoa que sequer estava entre os suspeitos, porque o sistema permite consultar não só perfis de criminosos, mas de todos os cidadãos identificados no estado”, acentua Antônio Maciel. Segundo ele, é exatamente a possibilidade de confrontação de dados em bancos distintos é que potencializa os resultados. “Vamos integrar nossa base de identificação à do Detran e, também, de outros institutos”, continua.

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