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Menino sofreu ferimento na cabeça mas está bem | 27.02.12 - 09:34
Brinquedo onde aconteceu o acidente continuará funcionando, diz gerente do parque (Foto: André Saddi) Michelle Rabelo Atualizado às 19h30
Uma criança de três anos caiu de um brinquedo no parque de diversões Ita Center Park, no Jardim Goiás, em Goiânia. O acidente aconteceu no final da tarde deste domingo (26/2), quando o menino foi lançado a cerca de quatro metros de distância. A criança, Carlos Henrique Sousa Marques, foi atendida pelo Corpo de Bombeiros e levada para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), onde ficou internada na enfermaria e já recebeu alta médica. Uma tomografia foi realizada na criança, que apresentada um machucado na cabeça, mas nada foi constatado.
Carlos Henrique entrou no brinquedo acompanhado pela avó materna, Marilza Dos Santos, 46 anos, e pela irmã de oito anos. Os bombeiros foram chamados e encontraram o menino com um corte no supercílio esquerdo e consciente. A mãe, Cristiane dos Santos, 26 anos, e o pai, Wesley Ferreira, 28 anos, que também estavam no Parque foram chamados e acompanharam o atendimento. A criança foi encaminhada para o Hugo, onde foi submetida a cirurgia decorrente de "traumatismo de face", segundo boletim médico do Hugo.
Versão
Inicialmente, o Corpo de Bombeiros informou que testemunhas alegaram que a criança teria embarcado em um brinquedo chamado Taga Disco, uma plataforma giratória onde os ocupantes ficam sentados, segurando-se apenas na grade feita para apoiar as costas.
Já o gerente do parque, Fernando Póvoa, e a mãe do garoto contaram que Carlos Henrique embarcou no Sking Dance. O brinquedo é formado por duas estruturas acopladas, cada uma com dois lugares e gira a aproximadamente 30 km/h, formando um círculo. Não há cinto de segurança, apenas uma trava na altura da cintura. As exigências para que a criança possa embarcar são que ela tenha, no mínimo, quatro anos e 1,10 de altura, características que o menino não possuía.
Questionado sobre a causa do acidente, o gerente negou que tenha ocorrido falha mecânica. "Houve erros por parte do operador do brinquedo e da avó da criança, que permitiram que o menino entrasse no equipamento mesmo não tendo altura e idade adequadas", alegou Fernando Póvoa. Já a mãe da criança afirma que é responsabilidade do Parque fiscalizar quem entra nos brinquedos. "Nós perguntamos se tinha risco e o operador da máquina disse que não", contou. Depois de conversar com o menino, a mãe disse que ele ficou assustado e pulou do brinquedo já em movimento. Ele teria batido a cabeça no assento do brinquedo e, com a força do movimento, foi jogado para fora.
Fernando Póvoa garante que parque investigará o caso (Foto: André Saddi)
Investigação
Fernando conta que o Parque ainda não foi acionado judicialmente, mas que será aberta uma sindicância, processo administrativo de investigação. Para funcionar, o parque precisa de um alvará, que é emitido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedem), depois que a Prefeitura concede autorização de ocupação da área. O Corpo de Bombeiros também emite uma licença de segurança, chamada Código de Incêndio e Pânico. No caso do Ita Center Park, o Corpo de Bombeiros afirma que todos os documentos estão regularizados.
As investigações ficarão sob responsabilidade da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (Dpca) de Goiânia. A delegada Ana Elisa Gomes disse ao AR que deve começar a ouvir as testemunhas ainda essa semana.
De acordo com o gerente, o Parque e o brinquedo continuarão funcionando normalmente de terça à domingo. “Às segundas-feiras não há expediente, pois é o dia de folga dos funcionários”, diz.
São Paulo
Um caso semelhante aconteceu na na manhã de sexta-feira (24/2) no município de Vinhedo (SP), onde uma jovem de 14 anos foi arremessada de um brinquedo em um parque de diversões. A adolescente morreu antes de chegar ao hospital, para onde foi levada pelo Corpo de Bombeiros.
Segundo depoimento da mãe, o brinquedo chamado de La Tour Eiffel, não teria o cinto de segurança. O equipamento é uma espécie de elevador, que tem cerca de 70 metros de altura e de onde o ocupante cai em queda livre, chegando a uma velocidade de 94 km/h.