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Decisão foi tomada em audiência de custódia | 16.10.17 - 22:28
(Foto: Kamylla Rodrigues / A Redação)
Kamylla Rodrigues
Goiânia - Justiça. Essa era a palavra de ordem da família da controladora de tráfego de estacionamento Luciana Souza, de 35, que morreu atropelada por um motorista bêbado, na Avenida Rio Verde, em Aparecida de Goiânia. Familiares acompanharam na tarde desta segunda-feira (16/10) a audiência de custódia de Rodolfo Djorgjivie, acusado de ter cometido o crime.
Após ouvir a defesa, que pediu medidas cautelares como punição e a promotoria, o juiz Leonardo Fleury Curado Dias manteve a prisão do vendedor autônomo, convertendo a prisão em flagrante em prisão preventiva. "A ordem pública precisa ser garantida. Ele matou uma pessoa e deixou outra gravemente ferida. A soltura seria um prêmio ao acusado. Ele ingeriu bebeida alcoólica e assumiu o risco de matar ao dirigir", sustentou o promotor Milton Marcolino.
A defesa do motorista foi feita por três advogados, que devem ingressar com o habeas corpus, alegando que Rodolfo é réu primário e tem família para sustentar. Rodolfo tem seis filhos e ao citá-los durante audiência, chorou. Rodolfo já tem passagens por desobediência, embriaguez ao volante e dano.
A decisão foi comemorada pelos familiares de Luciana. A mãe dela, Maria Zélia de souza, de 61 anos, que chegou a passar mal quando viu Rodolfo, disse se sentir aliviada. "É claro que isso não traz minha filha de volta, mas só de saber que esse homem não estará de novo nas ruas podendo fazer novas vítimas é um alívio. Ele causou um dor terrível e tem que pagar", reforçou maria.
Acidente
Luciana e a filha, Emilye Carolayne Souza Ferreira, de 17 anos, voltavam para casa, de moto, na madrugada da última quarta-feira (11/10), quando foram atropeladas pela camionete de Rodolfo, que furou o sinal em alta velocidade. As duas foram arremessadas a mais de 80 metros de distância. Confira o momento do acidente:
Luciana e Emilye foram levadas com ferimentos graves para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). Luciana não resistiu e pouco tempo depois faleceu. Emilye já passou por várias cirurgias e continua internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Segundo Maria, a adolescente ainda não sabe da morte da mãe. "Fomos orientados a não contar ainda, mas ela pergunta todos os dias pela mãe e somos obrigados a mentir. Eu nem estou indo lá, porque não consigo nem vê-la chorar", lamentou Maria.
Rodolfo foi autuado pela Polícia Civil por homicídio doloso, quando se assume o risco de matar, e tentado. Ele permanece preso na Central de Triagem da PC. O acusado já tinha pelo menos nove multas de trânsito, sendo cinco por alta velocidade.