A Redação
Goiânia - Com a pandemia que assola o planeta, as famílias estão ficando mais tempo em casa. A rotina segue geralmente com pais trabalhando em home office e ao mesmo tempo dividindo as tarefas domésticas, enquanto as crianças assistem aulas virtuais. Mas, é preciso estar atento, porque a casa que é o porto seguro neste momento de isolamento social, pode ser palco para outro problema: os acidentes domésticos. De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, a principal causa de morte de crianças até 14 anos é por esse motivo. Por ano, são contabilizadas cerca de 3,6 mortes de crianças, além de 111 mil hospitalizações por incidentes domésticos.
Recentemente, a Anvisa alertou que com o aumento do consumo de produtos de limpeza, como medida de prevenção ao novo coronavírus, também cresceram os casos de intoxicação. Para se ter uma ideia, de janeiro a abril deste ano os CIATox receberam 1.940 registros de intoxicação devido a produtos de limpeza envolvendo crianças, um aumento de 6,01% e de 2,7%, em relação a 2019 e 2018, respectivamente. Os números mostram que os acidentes domésticos envolvendo exposição tóxica a substâncias químicas são mais frequentes com o público infantil e, portanto, há necessidade de dispensar mais cuidados às crianças.
O médico pediatra e diretor do Hospital América, que faz parte do Sistema Hapvida, Ronaldo Moura, alerta que é preciso atenção. “Sabemos que as crianças são curiosas, e um minuto de descuido pode ser fatal. É preciso que os produtos de limpeza sejam armazenados em locais de difícil acesso para a criança, em armários que sejam mais altos, e estejam sempre trancados”, explica.
Mesmo assim, caso haja ingestão de algum produto desse tipo, não é recomendado induzir o vômito. “Se acontecer a ingestão, é importante determinar qual foi o produto, verificar o rótulo, ter noção qual o volume ingerido, e assim procurar atendimento médico. A indução do vomito não é adequada porque, dependendo da idade da criança ela pode aspirar”, alertou.
Com o intuito de contribuir com a segurança das famílias, o Ministério da Saúde lançou uma cartilha que orienta sobre os principais acidentes que podem acontecer, caso haja desatenção dos pais. Fique atento!
Cozinha
Entre as recomendações, estão dicas de proteção para o uso da cozinha, um local que pode ser muito perigoso para crianças.
É recomendado que objetos cortantes, alimentos e objetos quentes e produtos químicos sejam deixados fora do alcance dos pequenos, além de ser necessário ter um cuidado extra com o fogão, principalmente quando estiver com forno ligado ou chamas acesas.
Mobília
É preciso tomar precauções em relação aos móveis da casa. Quando se tem crianças pequenas, é preciso ter cuidado com as quinas dos móveis e com o perigo de tombamentos.
Caso tenha algum móvel que possa tombar sobre a criança, e importante fixá-los de forma a evitar acidentes.
Banheiros
Outro local que merece atenção no tempo de quarentena é o banheiro. Objetos cortantes, como lâminas de barbear, e produtos químicos devem ser mantidos fora do alcance das crianças.
No caso de crianças pequenas e bebês, a temperatura do banho deve ser observada, para evitar queimaduras.
Principais acidentes
Mesmo com todas as dicas preventivas e cuidado dos pais, é possível que acidentes ocorram. As principais situações de emergência neste período de isolamento social incluem engasgos, asfixia, queimaduras de até terceiro grau, intoxicação, escoriações, fraturas, hemorragias, desmaios, convulsões, ataques por animais peçonhentos e choque elétrico.
Sobre o Sistema Hapvida
Com quase 6,4 milhões de clientes, o Sistema Hapvida hoje se posiciona como o maior sistema de saúde suplementar do Brasil presente em todas as regiões do país, gerando emprego e renda para a sociedade. Fazem parte do Sistema as operadoras do Grupo São Francisco, América, Promed e Ame, RN Saúde, além da operadora Hapvida. Atua com mais de 30 mil colaboradores diretos envolvidos na operação, mais de 15 mil médicos e mais de 15 mil dentistas.
Os números superlativos mostram o sucesso de uma estratégia baseada na gestão direta da operação e nos constantes investimentos: atualmente são 39 hospitais, 194 clínicas médicas, 42 prontos atendimentos, 177 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial.