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VIDA E SAÚDE

Brasil ocupa 4ª posição em número de casos de diabetes tipo 1 infantil

Diagnóstico precoce é importante | 28.11.25 - 12:33 Brasil ocupa 4ª posição em número de casos de diabetes tipo 1 infantil (Foto: divulgação)
A Redação 

Goiânia - 
O novo relatório da Federação Internacional de Diabetes (IDF), o IDF Diabetes Atlas 11ª Edição – 2025, reforça a urgência de atenção ao diabetes na infância. O Brasil figura entre os países mais afetados, ocupando a quarta posição no ranking mundial em número absoluto de crianças e jovens (0 a 19 anos) vivendo com diabetes tipo 1 (DM1), ficando atrás apenas de Índia, Estados Unidos e China.
 
De acordo com o Atlas, aproximadamente 99 mil crianças e adolescentes brasileiros vivem com a condição. Globalmente, o diabetes tipo 1 afeta cerca de 1,81 milhão de indivíduos com menos de 20 anos, um dado que sublinha a magnitude do desafio de saúde pública.
 
A endocrinologista pediátrica Marília Barbosa destaca a importância do diagnóstico precoce e do controle rigoroso da doença para evitar complicações graves a longo prazo. "Ser o quarto país com mais casos de diabetes tipo 1 em jovens é um dado alarmante que exige maior conscientização. O DM1 é uma doença cujos sinais e sintomas iniciais são frequentemente negligenciados ou confundidos com outras enfermidades. Estamos falando de uma condição que exige tratamento contínuo com insulina", sublinha.
 
A médica enfatiza que o atraso no diagnóstico pode levar a quadros de cetoacidose diabética (CAD), uma emergência médica que pode ser fatal. Os principais sinais de alerta que pais e educadores devem observar são: aumento da frequência urinária (poliúria), sede excessiva e constante (polidipsia), fome exagerada (polifagia), perda de peso sem motivo aparente, e cansaço e fadiga extremos.
 
O Atlas da IDF projeta que a prevalência global do diabetes (todos os tipos) continue em ascensão, o que inclui a vigilância sobre o tipo 2 em adolescentes, cada vez mais associado a fatores de risco como obesidade e sedentarismo. No entanto, o tipo 1 segue como a forma predominante na infância e exige uma abordagem especializada.
 
Marília Barbosa explica que o tratamento do DM1 vai muito além da aplicação de insulina. “Ele envolve educação em diabetes para a família e a escola, acompanhamento nutricional e apoio psicossocial. É uma jornada que precisa ser bem gerenciada para garantir que essas crianças tenham uma vida plena e saudável", conclui.

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