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Sirle Vieira

Aprender mais para ensinar melhor

Novo modelo está ligado à formação | 11.10.12 - 11:00

Goiânia - O que seria do farmacêutico, fisioterapeuta, contabilista, administrador, enfermeiro, gestor em Recursos Humanos e todas as outras profissões se o processo acadêmico não estivesse amparado por um bom professor? Desde o ensino infantil à formação profissional, ser professor exige mais que técnicas de ensino. Estão cada vez mais engajados com a ciência, com pesquisas e expansão dos conhecimentos, além de possuírem um maior papel social na educação básica dos aprendizes. 
 
A Lei de 15 de outubro de 1827, que data inclusive a comemoração do Dia do Professor, trouxe, para época, o reconhecimento da profissão, inovações de cunho liberal como a coeducação, a descentralização do ensino, a remuneração dos professores e o aprendizado mútuo. Quase 200 anos depois, a essência desse decreto pouco mudou, mas a gestão, a formação dos docentes e a inclusão se tornaram os eixos da reforma educacional brasileira e atribuem hoje contornos à organização acadêmica e às novas metodologias.
 
E o novo modelo educativo está diretamente ligado à boa formação. Até hoje, no Brasil, estamos presos à crença de que, para o exercício eficiente do magistério em nível superior, basta o domínio adequado de determinado campo do saber. Ledo engano, já que ao mesmo tempo em que o número de estudantes aumenta, assistimos a um processo de expansão universitária que influencia também na formação dos professores.
 
Essa ampliação do ensino superior foi impulsionada pela globalização e pela revolução tecnológica, que causaram um enorme impacto em todos os setores da sociedade, principalmente no que diz respeito às políticas educacionais. Hoje, o professor precisa aprender a dinamizar sua maneira de elaborar e ministrar aulas, já que o acadêmico desta nova era digital necessita de professores capacitados para acompanhar o ritmo e se adaptar às facilidades do meio. Tanto é que já é comum substituir o caderno por laptops ou mesmo tablets, pois nesses eletrônicos podem ser armazenados todo o material exigido para os estudos do aluno durante o curso.
 
Por essa razão, faz parte desse contexto recente o aumento de investimentos no processo de melhoria da qualidade da educação. Para alcançar tal qualidade, instituições de ensino estão focadas cada vez mais na capacitação de seus docentes, buscando a valorização dos educadores a fim de que eles aprendam mais para ensinar mais. Cursos anuais, tutoria, trabalhos em grupo... Manter os professores atualizados é uma das formas de melhorar os resultados.
A capacitação dos educadores ajuda principalmente no desempenho dos alunos.  Com acesso a atividades para a aquisição e construção crítica de conhecimentos, habilidades e valores, um professor capacitado desenvolve muito mais do que suas competências profissionais. Ele se qualifica também como pessoa, como cidadão e gestor do espaço acadêmico.
 
Em outras palavras, a capacitação do professor universitário é um fator de extrema importância para a qualidade do ensino superior. Os professores universitários vêm, recentemente, se conscientizando de que são educadores e necessitam de formação pedagógica. Felizmente, cada vez mais estudos estão surgindo com objetivo de levantar dados sobre a importância da formação pedagógica para a valorização do professor universitário. Ainda que em passos lentos, a educação do país avança graças aos grandes mestres que fazem de sua profissão sempre uma educação continuada. Temos muito que comemorar neste dia 15 de outubro. Parabéns a todos os professores pelo seu merecido dia. 
 
Sirle Vieira, diretora da Faculdade Estácio em Goiânia 

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