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Aldivina Américo de Lima

Educação transformadora: formação por meio de valores

Precisamos de soluções rápidas | 24.07.15 - 15:34
Educar atualmente se tornou uma tarefa árdua para professores, coordenadores, diretores, pais e mães, enfim, para todos os envolvidos na gestão educacional. Como educar de forma coerente, eficaz e assertiva nossas crianças, adolescentes e jovens? Numa sociedade tecnológica, competitiva e globalizada, muitos desafios são postos à escola, e precisamos buscar soluções rápidas, assim como é a velocidade com que a tecnologia se transforma.
 
No contexto atual, parece que vivemos um colapso: violência no trânsito, assaltos e brigas; corrupção política;  guerras envolvendo conflitos religiosos. Esta situação reflete questões que degeneram o ser humano.  Por isso, a escola precisa ter um currículo adaptado e flexível para atender às demandas da atualidade, abrindo ao debate e à pesquisa tais questões, de modo a preparar os estudantes para a vida em todas as dimensões: física, psicológica, social e acadêmica, ou seja, propiciar a eles formação integral que é direito de todos, conforme prescreve a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
 
Somente desenvolvendo tais dimensões, aliadas também à tecnologia, teremos uma formação viável e emancipadora aos sujeitos da geração atual, possibilitando a eles conseguir dar conta dos desafios contemporâneos e daqueles que estão por vir, e, desta maneira, ser sujeitos autônomos, críticos e capazes de transformar a sociedade em que vivem.
 
Portanto, a educação deve ser holística e constituída por valores que promovam a reflexão crítica no ensino-aprendizagem, de forma totalizante e não fragmentada; assim, esta fará a diferença na formação de nossos estudantes. É preciso que ocorra uma educação básica para a vida a qual os ajudarão a ser sujeitos com caráter e discernimento, sujeitos reflexivos, éticos e solidários, contribuindo, de forma eficaz, para a sociedade na qual essas crianças e jovens estão inseridos, ou seja, por meio de uma educação transformadora.
 
Essa educação é oferecida nos espaços maristas, pois o fundador do Instituto, Pe. Marcelino Champagnat, em 1817, ao iniciar os trabalhos educacionais, destacou que não basta apenas uma educação determinada por lei, é preciso algo a mais, que seja significativo na formação das crianças, e enfatizou: “Será necessário formar bons cristãos e virtuosos cidadãos”.
 
Essa frase de Champagnat exemplifica bem do que precisamos na atualidade, diante dos desafios nacionais e mundiais. Se as escolas conseguirem formar virtuosos cidadãos, teremos, com certeza, uma sociedade mais justa e fraterna e sujeitos transformadores que solucionem ou minimizem as mazelas sociais.
 
Para esse cidadão virtuoso, destaco o espaço e tempo necessários nas escolas para o desenvolvimento do esporte, do brincar, da socialização, do divertimento, da autonomia, da pesquisa e do debate. A educação vai além de um currículo tradicional e que fuja da grade curricular padronizada; aponta para uma educação possível, se acreditarmos e a construirmos com base em valores humanos. Somente desta maneira ela será transformadora e emancipadora dos sujeitos contemporâneos.
 


* Aldivina Américo de Lima
é diretora Educacional do Colégio Marista de Goiânia, da Rede de Colégios do Grupo Marista. É pedagoga, psicopedagoga e mestre em educação pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) – PR.

Comentários

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  • 24.07.2015 23:23 José Ricardo

    Mais do que nunca, nossas crianças precisam de uma educação que vise a emancipação dos sujeitos enquanto humanizadores pró-ativos. Não é mais possível este modelo educacional que deixa de repertoriar a criatividade de nossos jovens, podando as possibilidades de sintaxes semânticas autônomas que corroboram para o crescimento dos mesmos. Enquanto nosso currículo escolar se mantiver alicerçado, em seus princípios e leis, numa lógica intelectual que tolhe as raízes de significação dos valores auto-entrópicos contemporâneos, nos esbarraremos nos mesmos problemas que hoje conservam a sociedade em uma autoritária e vertiginosa matriz retro-perceptiva humanista. (Como é bacana usar a linguagem para esconder o que não se pode dizer diretamente! Os textos de hoje em dia não defendem teses, não expõem raciocínios e não explicam nada. Eles são escritos para criar um lastro sentimental que aglutine os bonzinhos de plantão em volta do autor. Ou seja, não são textos: são pequenas armadilhas psicológicas. Fico besta em ver como as pessoas engolem isso. Fico besta com esse pessoal que vive falando em "abrir o debate", "formar sujeitos autônomos e críticos". No mais das vezes, repetem todos os chavões das faculdadezinhas da Vila Nhocumnhé. Acho que entrei na onda do Padre Ivan Ilitch (que possui o mesmo nome do personagem de Tolstói): quer realmente que seus filhos aprendam alguma coisa? Então trate mantê-los longe do sistema regular de ensino!)

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