Goiânia - Estamos chegando ao final de mais um processo eleitoral que define os rumos da entidade mais representativa de nossa sociedade. A decisão a ser tomada é séria e responsável. Infelizmente, o processo que deveria ser exemplarmente democrático e respeitoso dá sinais de desgaste em alguns grupos. Ofensas virtuais, acusações, discursos raivosos e até uma invasão do Centro de Cultura, Esporte e Lazer da Advocacia (CEL) foram marcas daqueles que se propõem ser a mudança. E então segue um questionamento: quem não sabe o que é cidadania, civilidade e educação pode representar uma categoria? Se há arrogância no tratamento com seus pares, como será a relação com os órgãos que, juntos, formam o sistema da Justiça no Brasil?
O projeto OAB Forte não começou com discursos. Ele foi construído no decorrer de vários anos, foi responsável pela estruturação física da seccional, pela criação e implantação de inúmeros serviços que contemplam a advocacia, e pelos avanços em relação ao respeito às prerrogativas profissionais. O projeto não está concluído, não tem um ponto final. Para continuá-lo será preciso agregar, conversar, ouvir os mais diferentes ramos, advogados de todos os cantos do Estado. Quem não se mostra apto ao exercício do diálogo tem condições de comandar uma instituição do porte da OAB? Ou vai querer impor, invadir espaços, ignorar regras, como se não fosse um exemplo a ser seguido?
A advocacia goiana merece respeito. Goiás tem em seus quadros nomes cada vez mais respeitados no meio jurídico, tanto no próprio estado quanto nas demais regiões do Brasil. Flávio Buonaduce é um destes nomes. Jovem promissor, com grande conhecimento da OAB-GO e seu funcionamento, não vive a propalar a mudança pela mudança. Sabe a importância de cada conquista alcançada até hoje mas não ignora que são necessários avanços. A OAB Forte, com sua história de credibilidade e o sangue novo em seu quadro, é a única chapa verdadeiramente capaz de cumprir suas metas.
No próximo dia 27, diga não à arrogância e aos ataques gratuitos. Diga não à falta de palavra empenhada. Diga não à desconstrução da Ordem em Goiás ou à falta de respeito com aqueles que atuaram de maneira voluntária para que chegássemos até aqui. A voz altiva da advocacia goiana quer a união de forças porque somos todos advogados.
*Rodrigo Freire é advogado.
