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Rita de Cassinha

Feminista: ser ou não ser?

Tenho opção: sim ou não? | 02.12.15 - 16:30
Goiânia - Fiquei espantada quando minha filha relatou que várias pessoas a excluíram do face por ela ter dito não ser feminista. Uma amiga dela também sofreu por se posicionar diferente dos “politicamente corretos” (são os novos adestrados que só aceitam quem se diz diferente, mas, iguais a eles).

Todos precisam pensar, vestir, falar, andar, iguais a eles e quem não for assim é excluído, xingado, hostilizado, chamado de reacionário, ignorante...sem problema algum, pois eles “si acham” os donos da verdade e a tolerância é zero pra quem não concordar com eles. 
Tenho verdadeiro asco a estes movimentos do politicamente correto aqui no Brasil. Pois é uma tentativa de copiar o que vem de fora, de esperar que o outro diga o que tenho que pensar e ter. Penso que já é hora de mudar este discurso/ postura excludente, maniqueísta, dualista, que temos adotado. Acho muita esquizofrenia pra uma sociedade só. Querer dividir a sociedade entre branco x negro, homem x mulher, hetero x homo, cota x não cota, psdb x pt, é uma estratégia poderosa para enfraquecer a sociedade e dar poder ao Estado, isto é fato!

A violência está geral!  É violência contra homens (de cada 10 mortes violentas 9 são homens, cadê o movimento contra a violência aos homens?); a violência ao meio ambiente é alarmante, além de crianças, idosos...
 
Por que a violência aumentou tanto no Brasil nesta década?
 
C. G. Jung em seu livro: Aspectos do drama contemporâneo - diz que as questões politicas (como autoritarismo, demagogia, corrupções, roubos) desencadeiam sintomatologias psicopáticas na sociedade. Aqui é só uma pista.
 
Falar que a mulher brasileira hoje é uma vitima indefesa da violência é incabível.  É claro que existem absurdos contra nós mulheres, mas, estão longe de serem barreiras instransponíveis pra nós. Também não dá mais pra falar que sofremos as agressões caladas por não saber nos defender. Hoje temos uma mulher na presidência, mais da metade das famílias brasileiras são lideradas por mulheres, temos delegacia da mulher, secretaria da mulher, somos a maioria nos cursos superiores, somos a maioria na docência, e ainda querem dizer que somos fracas e impotentes contra a violência?

Este movimento tá dando dinheiro a quem? São só os homens que agridem as mulheres? Quem foi o responsável pela educação destes homens violentos? Eles foram educados só pelo pai? Chega! Tem algo errado aqui. Não dá mais pra vestir esta roupa de "coitadinha de mim que sou mulher numa sociedade machista". Se a violência está grande em nossa sociedade é claro que a mulher tem participação ativa nesta realidade, até porque somos maioria na sociedade brasileira: 51%.
 
Voltando a citar Jung, ele diz que a alma do homem é feminina (anima) e a alma da mulher masculina (animus) portanto, podemos dizer que dentro de todo homem existe uma mulher e dentro de toda mulher existe um homem. Somos como que andróginos temos o feminino e o masculino dentro de nós. Entendeu? Então mulheres, parem de falar dos homens como se eles fossem de outro planeta.
 
O movimento feminista da década de 50 trouxe ganhos e perdas. Qual é o papel da mulher e do homem na sociedade? Pensávamos que nosso desejo era ser iguais aos homens. Lutamos pra provar que podemos exercer todos os papeis ditos masculinos.  Séculos e séculos de machismo e tivemos uma rasteira do nosso animus. Existe machismo maior que este, a mulher querer ser igual ao homem?
 
Precisamos de direitos iguais, isso sim, não sermos iguais aos homens. Até porque é uma delícia ter as diferenças. Descobrimos muito tempo depois que o nosso discurso estava desencontrado da nossa prática e com isso geramos muitos desencontros e conflitos. "Vivendo e aprendendo a jogar, nem sempre ganhando, nem sempre perdendo, mas, aprendendo a jogar."
 
O livro- A lenda do Graal (Emma Jung – Marie von Franz)relata qualidades marcantes do feminino que são: acolher, gerar, aconchegar, nutrir, acomodar. A taça simbolicamente representa o útero feminino que é um receptáculo (precisa de muita doação e humildade pra “ser receptáculo”). Estas qualidades especiais do feminino estão se perdendo. Esta capacidade do feminino saudável de acolher, gerar, esta em extinção (nós mulheres continuamos com grandes feridas, mas, estas são causadas principalmente por armadilhas que nós mesmas colocamos no caminho) junto com a extinção desta “mulher selvagem” vem à extinção das matas, dos rios, da natureza. O homem só consegue desenvolver respeito e sentir amor principalmente pela natureza quando ele tem contato com este feminino saudável. “O homem consciente de sua anima mantém um vínculo de respeito e amor pela natureza.”
 
Cabe a nós mulheres gerar o homem/mulher que queremos. O Amor encarnou na terra através deste receptáculo. Não existe poder maior que este!
 
Quando temos referências positivas, saudáveis com o feminino, o amor expande.
 
Sei que estamos sofrendo com a violência, mas não dá mais pra continuar com esta atitude infantilizada, esquizofrênica de colocar a “culpa” no outro pelos problemas que temos.
 
A culpa é do Estado, dos políticos, do vizinho, do sindico, do pai, da mãe, dos polícias, dos homens, dos heteros, dos homossexuais, opss dos homoafetivos, do clima, do mosquito, de todo mundo, menos minha, por favor!! Isto se tornou um padrão de comportamento, um vírus,  o brasilianagipisis que esta nos adoecendo, pois, impede o nosso crescimento e amadurecimento.
Estamos viciados, entorpecidos, condicionados a culpar o outro por nossa falta de responsabilidade e principalmente pela ausência de consciência de quem realmente somos.
 
Nós mulheres movemos o mundo quando queremos. “Basta ser sincero e desejar profundo você será capaz de sacudir o mundo.” Queremos acabar com a violência? Vamos fazer nossa parte (participar de Círculos de Mulheres que são poderosíssimos para nossa alma) trabalhar mais o autoconhecimento e nossas projeções que fazem com que enxerguemos muito a violência fora de nós e quase nada a de dentro. Quando não temos consciência do nosso animus (alma da mulher) ele nos domina e domestica, é ciumento e possessivo, terrível e ardiloso, posso te garantir.

Comentários

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  • 04.12.2015 10:03 nanda

    Feminismo é doença mental.

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