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Rodrigo Zani

OSs na Educação: por que os jovens devem apoiar?

| 15.12.15 - 16:14
Goiânia - Algumas pessoas têm em si a intransigência em aceitar o novo: novas ideias, novos amores, novos empregos, novas filosofias de vida. Elas têm uma tendência maior em perceber – ou supor – os possíveis pontos negativos das mudanças, ensquecendo o quanto o novo pode ser benéfico, estimulante e motivador. Um exemplo claro é a intransigência, por parte de alguns jovens, professores, sindicatos e segmentos partidários da esquerda de Goiás em aceitar os benefícios que a educação estadual pode ter com a implantação do sistema de parceria com as Organizações Sociais – Oss.
 
O medo recorrente é o da “privatização” ou “terceirização” da educação pública. Mas não é isso que o Governo de Goiás está propondo, já que a educação continuará sendo pública, mas com a colaboração de parceiros. O modelo de gestão garantirá que tanto professores quanto diretores se dediquem exclusivamente ao ensino. Não existe a possibilidade de a escola deixar de ser gratuita, de os servidores efetivos perderem direitos ou de o Conselho Escolar perder sua autonomia. Além disso, os diretores continuarão sendo eleitos pela comunidade escolar.
 
E, para que a iniciativa tenha sucesso, o governo de Goiás está disposto a ouvir e dialogar com a juventude e com todos os envolvidos no processo, tanto é que utiliza canais em que a juventude está inserida, como as redes sociais. A página do Facebook “Organizações Sociais e Educação” foi criada pelo governo com o objetivo de debater com a sociedade sobre essa forma de gestão entre o setor público e privado. A ideia é que todos tenham suas dúvidas sanadas e suas opiniões coletadas para que o processo seja o mais claro e democrático possível.
 
Essa parceria nada mais é do que uma gestão compartilhada, em que fica a cargo do Estado toda a parte pedagógica da educação e às Organizações as partes administrativas e estruturais das escolas. Esse modelo garantirá menos burocracia na hora de resolver questões práticas como equipamentos estragados ou falta de materiais. Goiás é hoje o estado brasileiro com melhor média no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do Ensino Médio. Porém, o atual modelo de gestão dificulta o crescimento desta média.
 
O Brasil, como um todo, tenta descobrir novos caminhos para a educação pública, tanto é que durante a solenidade de posse do Conselho do programa Inova Goiás, o Ex­Ministro da Educação e Senador, Cristovam Buarque, que é defensor do modelo público e gratuito da educação, afirmou que o País precisa urgentemente inovar ao ponto de transformar nossas salas de aulas sem estruturas em naves espaciais para o futuro. Ele estimulou o governo a dar continuidade à implantação das parcerias e destacou que “nós não podemos ter medo de experimentar, já que não conseguiremos inovar a sala de aula, sem inovar o sistema educacional na sua gestão”.
 
E o que estamos fazendo em Goiás não é novidade. As parcerias com OSs, em diversas áreas de políticas públicas, têm sido amplamente testadas em todo o mundo e com alto grau de sucesso. A gestão compartilhada dos hospitais estaduais goianos, que existe desde 2012, os transformaram em referências no País. De janeiro a julho deste ano, Governadores e Secretários de saúde de seis estados visitaram Goiás para conhecerem os hospitais e o modelo de gestão. Além disso, o Hospital Alberto Rassi (HGG) recebeu da Organização Nacional de Acreditação (ONA), no início de dezembro, o título, concedido às instituições de saúde que cumprem rigorosos protocolos para a segurança do paciente, de Acreditação Plena Nível 2.
 
O objetivo do Governo Estadual é que o modelo de gestão das 200 escolas que contarão com gestão compartilhada também se torne referência. A lista das obrigações que devem ser cumpridas pelas OSs, que serão selecionadas via licitação, é extensa e garantirá a boa prestação de serviço.
 
A prestação de contas será contínua e, caso os resultados estabelecidos não sejam cumpridos, o contrato com a OS pode ser interrompido. Lembrando que as Organizações Sociais são entidades sem fins lucrativos. 
 


* Rodrigo Zani é presidente da Juventude Estadual do PSDB, Chefe de Gabinete da Funadação de Amparo à Pesquisa de Goiás – FAPEG e entusiasta das causas da juventude.

Comentários

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  • 21.12.2015 19:42 Lemos

    Escreveu muito para passar o mínimo de informação. O que adianta pregar o mesmo texto básico e superficial? Falar que funciona em 2 hospitais, sem abordar as especificidades nas escolas, é tentar vender uma idéia sem detalhar seu funcionamento nas escolas. Infelizmente acabou parecendo mais um texto unilateral de internet, que não aborda os lados da questão de maneira isenta. Para estimular qualquer diálogo e fazer as pessoas pensarem, é preciso explorar os lados da moeda, que ao contrário do que se costuma pensar, não é sempre uma moeda com apenas 2 faces. Esse pensamento binário, que não enxerga um palmo diante do nariz é o que torna enorme parte de nossa população em uma massa manipulada e acéfala. Fica a dica!

  • 18.12.2015 07:52 Gato Félix

    Ui Antônia, está nervosa por quê? Queria dar pro cara e ele recusou ou é só inveja dos 12 mil mesmo?

  • 16.12.2015 20:53 Antônio Acacio

    Um cara que se diz "entusiasta das causas da juventude" fazer um artigo desse apoiando o sistema que quer jogar nas costas das organizações a responsabilidade que é do governo em gerir e administrar uma escola é quase uma palhaçada. Mas ele tem que defender o governo mesmo, já que ganha mais de R$12.000,00 como chefe de gabinete, emprego este barganhado por indicações, já que nem diploma superior este senhor possuí.

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