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Thiago Albernaz

O drama da mobilidade urbana

| 24.11.17 - 16:33

Goiânia - A velocidade média dos ônibus do transporte coletivo em Goiânia é de 15,8 quilômetros por hora, já muito baixa. Quando se considera outros fatores, como o deslocamento do usuário até o ponto de ônibus (muitas vezes sem abrigo), tempo de espera pelo veículo, duração da viagem em si e deslocamento até o destino, o que já era ruim fica pior: os ônibus se arrastam a 9,5 quilômetros por hora pelas ruas da capital, considerando-se a média de todos os horários. Isso faz com que o tempo médio de cada viagem do goianiense nos ônibus do transporte coletivo seja de 80 minutos. Pouca velocidade, muita demora.
 
Nesse contexto, é grande o desafio de melhorar a qualidade de vida dos moradores das grandes cidades – Goiânia não é exceção – obedecendo ao que preconiza a Lei 12.587, que instituiu a Política Nacional de Mobilidade Urbana e que, a exemplo de outros países, valoriza o transporte coletivo em detrimento do transporte individual motorizado.
 
Precisamos falar sobre esse assunto. Mais do que isso: precisamos de soluções urgentes, mas de soluções planejadas, fundamentadas em pesquisa, como essa apresentada no evento sobre mobilidade, que mostrou as demandas e os desejos dos usuários. Outros estudos deram a dimensão da crise do setor de transporte coletivo em todo o País, do tamanho da migração de antigos usuários de ônibus para outros modos de transporte, principalmente de carros e também apontando as possíveis soluções. 
 
Não se resolve problemas tão complexos, como o da mobilidade e do transporte, com bravatas e promessas que se mostram inexequíveis. Não se pode abrir mão de uma abordagem científica sobre temas como esses. Nesse contexto, é louvável a participação nas discussões, além de consultores e técnicos dos municípios da Região Metropolitana de Goiânia e do meio acadêmico.
 
Durante a última campanha, quando fui candidato a vice-prefeito de Goiânia na chapa encabeçada por Vanderlan Cardoso, idealizamos e discutimos um modal de transporte com todos os sistemas interligados: ciclovias que ligam aos terminais, faixas prioritárias e exclusivas para ônibus, sincronização semafórica inteligente. Medidas relativamente simples e baratas, mas com grande impacto para a mobilidade urbana.
 
Até quando teremos de esperar?


*Thiago Albernaz é economista e presidente do PSDB Metropolitano
 

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