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Uma nova era

A sobrevivência dos veículos está na rede | 28.11.14 - 18:01 Uma nova era (Foto: reprodução/groupe-fiba.fr)
 
Goiânia - No shopping Frei Caneca em São Paulo, havia duas bancas de revista até alguns meses atrás. Uma que ficava no térreo inferior desapareceu com a recente ampliação do empreendimento. A outra, no pavimento da praça de alimentação, foi fechada.
 
No mesmo shopping, lojas de celulares e de operadoras de celulares se multiplicam. E tudo isso é um fenômeno mundial, sinal dos tempos digitais. O modelo que usa papel como base para jornais e revistas está morto ou respirando por aparelhos.
 
E por falar na nova era, a Folha de São Paulo degolou no início deste mês 25 jornalistas. Mandou embora praticamente uma redação de jornal regional diário. Em todo o mundo, o fenômeno se observa: todos os impressos desmancham diante dos novos tempos. 
 
O Brasil deve ultrapassar o Japão e se tornar, ainda neste ano, o quarto país com a maior população de usuários de Internet do mundo, segundo cálculos da consultoria de tecnologia eMarketer.
 
Até o final deste ano, serão 107,7 milhões de internautas no país, contra 99,2 milhões no ano passado.
 
Já em 2015 o mundo deve atingir pela primeira vez a marca de 3 bilhões de pessoas conectadas à Internet, o equivalente a 42,4% da população mundial.
 
Até 2018, quase a metade do mundo vai acessar a web pelo menos uma vez ao mês, acrescenta a consultoria. “O forte crescimento foi impulsionado por dispositivos móveis mais baratos e mais conexões via banda larga”, opina Monica Peart, analista-sênior do eMarketer.
 
"Enquanto mercados altamente desenvolvidos (de internet) estão quase saturados em termos de usuários de internet, há um espaço significativo de crescimento em países emergentes", afirma. "Tanto a Índia quanto a Indonésia devem ter crescimentos (percentuais) de dois dígitos anualmente até 2018."
 
As bancas estão desaparecendo enquanto vendedoras de periódicos em papel, porque surge um novo modelo de negócios, digital, muito mais informativo e dinâmico. 
 
A leitura continua e até cresce com os novos meios, já que na internet não há limitação de páginas. Não creio que as pessoas tenham deixado de ler, muito pelo contrário: elas estão navegando por uma nova forma de leitura, muito mais plural, diga-se. 
 
Aliás, é interessante observar que os livros continuam vendendo bem, porque continuam interessantes em papel, ao contrário de jornais e revistas, que ficaram obsoletos.
 
Ao ficar surpresa com o fechamento das duas bancas um senhor que estava perto ainda se manifestou: “É minha senhora isso é o começo da censura. Isso é a regulação da mídia. Isso tem o dedo do PT.”
 
Vendo essa desinformação acho necessário enfrentar o debate acerca da regulação dos meios de comunicação, pois a mídia comercial, não perde oportunidades para alimentar a versão de que há um plano da esquerda para controlar a mídia e impedir críticas ao governo.
 
Ao falar de regulação, vigora discurso propositadamente parcial e distorcido.
 
Sobre a imprensa, a censura que mais temo é a autocensura, feita pelos donos dos jornais, revistas, TVs e rádios, que impedem a dialética em suas páginas e grades, impondo os seus pontos de vista a leitores, ouvintes, espectadores e também aos jornalistas que atuam em seus veículos - e essa imprensa é a mesma que serve às ditaduras. 
 
Regulá-la enquanto empresa (e isso não tem nada a ver com conteúdo), impedindo que o setor seja dominado por monopólios, é obrigação do Estado, assim como se regula qualquer área da economia, das pastas de dente aos fabricantes de jatos.
 
Já estamos vivendo novos tempos, novos modelos, novas tecnologias e novos desafios. Uma nova era. Irreversível. A sobrevivência está na rede.
 
Estou perfeitamente adaptada. E você? 

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