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15.12.2014 17:50 João Paulo
Pablão, a parada é o seguinte: Estando certo, eu nunca desobedeci uma ordem policial, nunca bati boca, estando errado então nem se fala. Fatalidades acontecem e minha vida vale ouro, jamais confiaria minha vida à um policial, portanto quando você vacila e o policial vacila você sempre leva a pior. Shit happens.
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10.12.2014 15:23 Dr. Witer DeSiqueira, esq.
Tolerância zero significa, se ordenado parar, PARE. Se ordenado regressar, REGRESSE. Ou o policial tem toda autorização de atirar. Neste caso o correto teria de ser ATIRAR para matar. Infelizmente o policial tentou preservar a vida. Qualquer advogado Americano (www.witeradvogados.com) sabe muito bem que o policial agiu correto.
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10.12.2014 10:49 Mara Pessoni
Acho que esta questão tem dois lados. Um, a vítima era um criminoso recorrente e resistiu a ação do policial. Todos sabem que em Nova York desde a muito tempo existe ordem para a polícia em atirar em quem resiste a prisão (Tolerância Zero). Dois, o policial errou ao agir de forma proibida pela própria polícia. Os dois são culpados pela morte. A vítima por saber que poderia levar um tiro (e não levou) e o policial por ter optado por outra forma de abordagem incorreta. Isso não foi um crime de racismo. Foi um homicídio culposo. Portanto a justiça, deveria punir o policial dentro deste prisma. E todos estas manifestações não aconteceriam se o policial fosse negro (ou melhor, nos EUA se usa a expressão "preto") e a vítima fosse branca. Lá o racismo é bem mais arraigado do que aqui, só que de forma inversa, os pretos é que são racistas; bairros de pretos, brancos não entram. Questão de cultura. Sobre a política do "Tolerância Zero", a mesma fez toda a diferença em NY. Pude constatar isso de perto, andar de metrô meia noite sem ser abordada por ninguém, sem ter que esconder celular, sem medo nenhum.
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09.12.2014 23:03 Silvio César
Pablo matou a questão logo de cara. Mataram o cara e fim de papo! Não existe uma defesa para algo indefensável. O cara foi preso 31 vezes? Se estava solto foi pelo fato da justiça americana conceder a liberdade. Resumindo: cumpriu o que devia, voltou a realizar a mesma atividade, o policial, como bom homem do Estado que é, foi lá e resolveu acabar de vez com a história. E que continue os protestos.
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09.12.2014 12:59 Epaminondas
E é claro que um programa de rádio em Goiás conseguiria chegar a fundo nesta questão. Em NY não se pode dar "chave de braço"? Vamos retroceder há algumas décadas e vamos relembrar da política de segurança "tolerância zero" que Nova York adotou para tentar conter a calamitosa violência que passava. No tolerância zero, jogar papel na rua esta imperdoável, coisa que aqui no Brasil daríamos uma careta blasé. Acho que por aqui encerramos a questão se a polícia deveria agir ou não contra um meliante recorrente, por mais inofensivo fosse seu delito. Justifica matá-lo? Sua morte não foi fruto de uma política de estado, mas os protestantes encaram como tal. Foi uma fatalidade e no julgamento, encararam como tal. O juri, isoladamente, só teve os fatos apresentados pelo tribunal e não pela comoção pública.