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Rodrigo Fiume
Rodrigo Fiume

Jornalista formado pela UFG e radicado em São Paulo há 16 anos / rfiume@gmail.com

São Paulo

Os novos doces que brigam

| 29.02.12 - 18:55 Os novos doces que brigam Caixa com nove unidades de sabores variados do Brigadeiro Bistrô (Foto: Rodrigo Fiume)

Faz já um tempinho —um par de anos, acho— que Marta chegou em casa com uma caixinha delicada, colorida. Perguntei o que era. "Sobremesa", respondeu. Abriu-a para que eu visse seu interior e, embora percebesse que havia ali meia dúzia de doces, não os reconheci logo de cara.
 
Não pareciam, mas eram brigadeiros.
 
Temos todos alguma lembrança ou história infantil com o mais brasileiro dos doces, não? A minha:
 
Não importava se a festa era minha, dos meus irmãos ou primos ou do filho de um amigo de meus pais para mim desconhecido. O pequeno Rodrigo, agente secreto infiltrado em perigosas terras inimigas, tinha a missão mortal de surrupiar alguns doces da farta mesa antes do "Parabéns pra Você". Saborear os brigadeiros ainda "proibidos" e ver algumas daquelas forminhas sanfonadas vazias era sensacional. Não me lembro de ter sido pego uma só vez.
 
Mas acho a de Marta mais legal. Disse-me ela certa vez que, quando alguém —a mãe? a tia? bem, cabe a ela responder aí nos comentários abaixo— perguntou à pequena Marta o que gostaria de comer, ela respondeu: "Aqueles doces que brigam".
 
Voltando à caixinha colorida, eu não reconheci de imediato os brigadeiros porque estavam muito diferentes. Descobri ali que havia um pequeno movimento de novas lojas na cidade que haviam recriado o doce. Quer dizer, o formato tradicional persiste, claro, mas ele ganhou várias novidades.
 
Por exemplo, no lugar do chocolate granulado, entraram nozes ou castanhas-do-pará ou pistache ou castanha-de-caju ou paçoca ou avelãs ou amendoim ou coco ou macadâmia... E por aí vai. 
 
O próprio recheio ganhou novidades: chocolate amargo ou branco, nutella, doce de leite, menta, laranja, limão, maracujá... Alguns têm sabores de bebidas, como Baileys, conhaque, vinho do porto e até cachaça —esses eu nunca provei. E há também diferentes formatos, como de colher e até em tubo (tipo de pasta de dente).
 
Não tenho uma loja preferida. Os doces de todas em que já estive são muito bons. Aqui estão algumas delas, com os sites: Maria Brigadeiro, Brigadíssimo, Brigadeiro Bistrô, Brigaderia e Brigadeiro Doceria e Café.
 
PSs.:
1. Sempre que sou convidado a jantar ou almoçar na casa de amigos, proponho levar a sobremesa. As bonitas caixinhas de brigadeiros variados fazem bastante sucesso.
2. Quando estiver na Paulistânia, preste atenção nos shoppings, pois boa parte deles tem alguma loja de brigadeiros.
3. Não se assuste com os preços. Uma unidade pode custar R$ 3,50.
 

Comentários

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  • 05.03.2012 05:54 soraya

    Seu comentário

  • 05.03.2012 05:53 soraya

    Seu comentário

  • 01.03.2012 06:42 Marta

    Delícia! O texto e o brigadeiro!

  • 01.03.2012 10:26 Milla

    Adorei o seu artigo, pois me fez relembrar uma época muito doce, muito gostosa da infância. Não sabia que já havia tanta diversidade em São Paulo, com relação às confeitarias especializadas em brigadeiro. Eu já conhecia o da Maria Brigadeiro, aliás, sempre passo o vídeo dela para os meus alunos, que estão aprendendo português aqui em Madri, e eles a-d-o-r-a-m (http://www.youtube.com/watch?v=Mnhp_75oL1A). O mais "parecido" que há na Espanha é a "trufa", mas eles mesmos já reconheceram que não chega aos pés do brigadeiro. Enfim, o mérito do doce é definitivamente brasileiro. Até a próxima!

  • 29.02.2012 11:21 Niza

    Que fofo Rodrigo. É a cara da Martinha essa lembrança... Estava aqui buscando na memória alguma 'doce' lembrança, mas só consigo me lembrar que eu também adorava 'roubar' os docinhos antes do parabéns! Quanto aos novos brigadeiros, tenho de confessar que eu prefiro os tradicionais... beijos procê

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