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Arquitetura

Restauração do Mercado Municipal de Manaus resgata história do séc 19

Estrutura metálica foi trazida da Inglaterra | 12.06.12 - 17:22 Restauração do Mercado Municipal de Manaus resgata história do séc 19 Fotos: Divulgação
Marina Morena

Um quarteirão inteiro dividido em sete pavilhões que abrigam um histórico mercado municipal. Toda essa estrutura revive as memórias do período áureo da borracha, no século 19, em terras amazonenses. O Mercado Municipal Adolpho Lisboa, de Manaus (AM), hoje passa por um profundo restauro para relembrar uma Belle Époque de imigrantes europeus em cassinos, pescadores do Rio Negro e seringueiros na cidade que se tornou a sexta mais rica do país.
 
O Mercado foi encomendado da Inglaterra, ao estilo “art nouveau”, com peças pré-fabricadas e estrutura de ferro. Todo esse material chegava até a floresta graças ao transporte fluvial e ao Porto de Manaus. A inauguração data de 15 de julho de 1883: uma cópia em menor escala do mercado Les Halles, de Paris. Depois disso, o conjunto arquitetônico passou por diversas ampliações e reformas, até ser tombado em 1987.


 Estrutura de ferro pré-fabricada do Mercado Municipal Adolpho Lisboa foi trazida da Inglaterra no século 19

Juntando os pedaços
Depois de um incêndio em 2008, a construtora Biapó, especialista em restauração de patrimônios históricos em todo o país, foi convidada para assumir a responsabilidade de resgatar toda a história do mercado e a tradição de Manaus. Para os engenheiros e arquitetos da construtora, o principal desafio era recuperar uma imensa estrutura de base metálica. Além disso, a obra exigia preencher espaços que antes eram compostos com uma pedra que não existe na região, o raro calcário Lioz.


Pedra Lioz é parte da estrutura de base do Mercado
 
Iniciada em 2010, a obra passou pelos estágios de limpeza e retirada das camadas de ferrugem do metal, recuperação das folhas de flandres que compunham o intrigante telhado da bombonière e preenchimento dos espaços onde a pedra se quebrou (obturação). O término da obra está previsto para outubro deste ano. 


Telhas de flandres são reconstruídas para cobrir a bombonière, como na obra original

Os prédio refeitos relembram atividades comerciais peculiares do início dos anos de 1900: pavilhão central, onde se comercializava farinha e artesanato; pavilhão de venda de peixes e carnes; pavilhão frontal; pavilhão de venda de tartarugas, atividade hoje proibida que será substituída pelo comércio de verduras e flores; pavilhão Pará, especializado na venda de Tacacá (iguaria amazonense) e pavilhão Amazonas, especializado em atender turistas da região.

O engenheiro civil Genésio Neto, 28, da Biapó, responsável pela restauração do mercado, explica que o trabalho em terras tão distantes exigiu mais do que a simples contratação de mão-de-obra. “Precisamos treinar as pessoas para aprender a fazer o trabalho. Mas isso tem um ponto muito positivo. A construtura deixa uma mão-de-obra local com conhecimento especializado, que pode continuar trabalhando na preservação do patrimônio após a conclusão das obras”, explica o engenheiro.   


Operários locais são treinados e aprendem o trabalho de restauração

Comentários

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  • 07.04.2015 13:00 Laurindo Amorim

    INFLUÊNCIA DO AMBIENTE NA A.M.L. (ÁREA METROPOLITANA DE LISBOA) SOBRE A SELECÇÃO DA PEDRA CALCÁRIA DE LIOZ Descrição no livro: O presente estudo, resulta da adaptação de uma tese de mestrado, apresentada junto da Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa, no âmbito do Curso de Mestrado em Tecnologia da Arquitectura e Qualidade Ambiental, realizado entre 1993 a 1994. Visa essencialmente determinar os motivos históricos, compreendidos no período da alimentação da economia Portuguesa, pelo ouro derivado da colónia do Brasil, e viabilidade funcional no uso, que levaram à preferência na adopção da pedra calcária de lioz, para fazer face às características do ambiente na A.M.L. (Área Metropolitana de Lisboa), aponta similarmente precauções a ter na sua utilização e aplicação construtiva. Tendo como base a selecção de quatro localidades para amostras, expostas ao mar, interior urbano e rural, identificando as patologias e razões do seu desenvolvimento, fornecendo também indicações para as contrariar. Finalizando com o estabelecimento de um nível de ponderação de importância a dar, nas suas propriedades físicas e químicas, no sentido de proporcionar um método de selecção deste tipo de pedra, na substituição em edifícios existentes, tirando proveito desses parâmetros para servirem ao mesmo tempo, na selecção da pedra calcária de lioz, na construção de novos edifícios. Edifícios analisados: Palácio Ratton em Lisboa, Torreão Oriental da Praça do Comércio em Lisboa, Igreja de Nossa Senhora da Consolação em Arrentela e Igreja da Nossa Senhora do Monte Sião em Amora. Adquirir o livro nos websites: https://www.createspace.com/4877272 http://www.amazon.com/dp/150037234X/ref=rdr_ext_book http://www.amazon.de/Influ%C3%AAncia-ambiente-A-M-L-selec%C3%A7%C3%A3o-calc%C3%A1ria/dp/150037234X/ref=pd_rhf_se_p_img_1 Referencias sobre o autor: https://plus.google.com/u/0/100888385940893225494/posts http://pt.linkedin.com/pub/laurindo-amorim/73/551/9b6 http://arqlaurindo.no.sapo.pt/

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