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Entrevista - The Overalls

Não é fácil tocar rock na Áustria, diz baixista

Banda é atração de sábado do Goiânia Noise | 09.11.12 - 09:38 Não é fácil tocar rock na Áustria, diz baixista Trio austríaco mistura metal, pop e funk. (Foto: divulgação)
Raisa Ramos
 
Goiânia - Vem da Áustria uma das atrações internacionais do Goiânia Noise, que na sexta-feira (9/11) e se estende até o domingo (11/11). O trio The Overalls é composto pelo vocalista e guitarrista Andreas Meller, o baixista Thomas Schrempf e o baterista Niki Gartner. Misturando metal, punk, pop e funk, o grupo lançou no ano passado o primeiro disco, "Suit Up", bem como o videoclipe "Ergomaniac". The Overalls, tradução para macacão em inglês, já tocou em diversos países da Europa e agora desembarca pela primeira vez no Brasil, onde o trio toca em São Paulo e depois segue para Goiânia, para show no segundo dia do festival.
 
Diretamente do terra de Mozart e Haydn, o baixista Thomas Schrempf concedeu entrevista via e-mail ao A Redação e contou que não é fácil ser uma banda de rock em um país tão tradicional em música erudita. "A cena de rock ou metal no país é muito pequena, então é bem difícil fazer bons shows. Mas as coisas estão melhorando", desabafou. Entusiasmado para os shows no Brasil, Thomas disse ser fã de Sepultura e Soulfly, e que recentemente outro músico brasileiro fez fama na Áustria, o sertanejo Michel Teló.
 
A Redação - É a primeira vez de vocês no Brasil?
Thomas Schrempf - Sim, é a nossa primeira vez. A turnê começa na sexta-feira [9/11], em São Paulo, então não vamos ter tempo de conhecer outras cidades antes de ir para Goiânia.
 
Por quais países vocês já passaram? Há algum lugar preferido, que marcou?
Nos últimos dois anos, nós tocamos em vários países aqui na Europa. Este ano, já tocamos aqui na Áustria, na Hungria, República Tcheca, Alemanha e Croácia. No ano passado, fizemos shows também na Holanda e no Reino Unido. Acho que não temos um país preferido para tocar, mas houve um show em Zagreb, na Croácia, que nós nunca vamos esquecer. Os croatas são muito amáveis e abertos à música estrangeira. 
 
No país de Mozart, é fácil ser uma banda de rock? 
Nós moramos no leste da Áustria e não há muita influência de Mozart nessa região. Aqui existe outro compositor famoso, que é mais importante para nós: Joseph Haydn. E a resposta que eu posso dar a sua pergunta é um gigantesco NÃO! [Risos]. Os austríacos não gostam de música local, não importa se são produtores ou ouvintes. Os empresários do ramo da música na Áustria pensam que podem ditar o que é ou não boa música. A cena de rock ou metal no país é muito pequena, então é bem difícil fazer bons shows. É preciso dizer que as coisas estão melhorando, especialmente na nossa região, onde há boas bandas, como This is Not Mailand, Seek & Destry, NA15, Pann Bay Bastards, Feels Like Falling, Ease of Ignition, Siege of Cirrha e Cherry Bomb.
 
Vocês conhecem alguma banda brasileira?
Claro que conhecemos! Sepultura! E não posso me esquecer do Soulfly quando cito Sepultura [risos]. Este ano houve também um grande modismo em cima de um cantor brasileiro chamado Michel Teló [risos].
 
Vi no Myspace que vocês não se rotulam apenas como uma banda de rock. Há também pitadas de metal, punk, pop e funk. É importante entreter pessoas com diferentes gostos musicais?
Sim, é muito importante para a gente. Nós não queremos ter nenhum rótulo específico, queremos é entreter o público com nossas músicas e que elas se divirtam em nossos shows. A música é para qualquer um, não apenas para os roqueiros ou metaleiros. Mas as pessoas também deveriam prestar atenção nas nossas letras, porque falamos de assuntos sérios, como raiva, conspirações e inveja.
 
Quem são os ídolos de vocês?
Nós temos alguns modelos que gostamos de nos espelhar, como Limp Bizkit, Skindred, Korn, Deftones e Muse. Falando só por mim, há outras bandas de metal que eu gosto muito de ouvir, como Suicide Silence, Whitechapel. Também curto Tool e Rage against the Machine.
 
O que o público pode esperar do show em Goiânia?
As pessoas podem esperar um dos melhores shows do Goiânia Noise! Vai ser uma apresentação poderosa, para pular muito e fazer muito mosh. Vamos tocar faixas do álbum "Suit Up" a algumas músicas novas. Queremos que o público do festival festeje com a gente.

Veja abaixo o clipe "Ergomaniac":


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