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Patrimônio Histórico

Ponte Pênsil Affonso Penna, em Itumbiara, é tombada pelo Iphan

Conheça a importância e a história da ponte | 29.11.12 - 19:28

Marina Morena

Goiânia – A ponte Affonso Penna, considerada a mais antiga ponte pênsil do Brasil, que liga as cidades de Itumbiara (GO) e Araporã (MG), sobre o Rio Paranaíba, foi tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Cultural (Iphan), na tarde desta quinta-feira (29/11). O tombamento foi definido em reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto no Edifício Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro (RJ).

Considerada um marco para a integração do Estado de Goiás à vida econômica do País, a ponte foi inaugurada em novembro de 1909. Ela significa a integração centro-sul na era da Revolução Industrial e, ainda hoje, é considerada um dos símbolos mais importantes da cidade de Itumbiara e de Goiás.
 
Foi por ela que entrou o primeiro automóvel no Estado, em 1916, quando um comerciante de Itumbiara levou para a cidade um carro e dois caminhões Ford para dinamizar o transporte de mercadorias.
 
Além disso, teve um papel preponderante nos projetos de interiorização do Brasil e da construção de Brasília. Cerca de 80% do material necessário à construção da nova capital passaram pela ponte para chegar ao canteiro de obras do Planalto Central.
 
São 158 metros de comprimento e 48 de largura, em uma estrutura de ferro e tabuado de madeira. Recebe o status de “ponte pênsil” por ser fixa em dois pontos e inteiramente suspensa por cabos de aço.
 
História
Produzida na Alemanha, na primeira década do século XX, a ponte Affonso Penna desembarcou no Rio de Janeiro, de onde seguiu para São Paulo. De lá, foi para Jundiaí (SP) pela ferrovia São Paulo Railway.
 
Depois, pela estrada de ferro Mogiana, que cortava Minas Gerais, as peças foram conduzidas até Uberabinha, hoje Uberlândia (MG). A partir desse ponto, elas seguiram em carros-de-bois até o vilarejo de Santa Rita do Paranaíba, onde foi montada. 
 
Anos mais tarde, a velha ponte já não suportava mais a demanda de veículos. Em função da construção da usina hidrelétrica de Furnas no Rio Paranaíba, uma nova ponte, maior e feita em concreto, nomeada Ciro de Almeida, foi contruída para ser o novo elo entre Minas Gerais e Goiás. A ponte Affonso Penna ficaria então desativada.

Porém, em 1974, a usina precisava reativar a ponte em desuso para ligar a vila dos engenheiros, localizada do lado de Itumbiara, à vila operária, construída em Araporã. Por isso, a Affonso Penna teve que ser deslocada 2,5 quilômetros rio abaixo.

Para isso, toda a estrutura de ferro e de aço foi cuidadosamente desmontada, reformada e transportada rio abaixo por barcaças até o local onde seria novamente montada. Os novos pilares, os diques e os blocos da ancoragem foram todos executados em concreto armado (foto ao lado).  
 
Ponte Pênsil
Desconhecida na cultura ocidental, a ponte pênsil – com os princípios construtivos e cálculos estruturais – surge na cultura moderna em meados do século 19. Os registros fazem referência a uma ponte suspensa por correntes de ferro sobre o rio Pan-Po, na China, construída por um general no ano 65 da era cristã.
 
(Foto: ilustração gráfica/reprodução Iphan)

Comentários

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  • 10.06.2013 20:29 victor

    porra mano sou de itumbiara e nem sabia tanto assim!

  • 30.11.2012 14:01 Zeni Silva

    Olá

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