O terceiro bloco começou com os questionamentos de Flávio Buonaduce direcionados a Enil Henrique. “O que o senhor pretende fazer sobre a qualidade do ensino jurídico?”. Enil Henrique respondeu que tem muita preocupação quanto a isso. “Apresentamos na Escola Superior de Advocacia cursos de pós graduação com descontos para nossos inscritos”, respondeu.
Em outro momento, Lúcio Flávio questionou Flávio Buonaduce sobre o papel dele na garantia das prerrogativas dos advogados. “Nós vemos uma Caixa de Assistência (Casag) que não funciona mais. Hoje o advogado não encontra mais o remédio barato. O advogado não encontra livros baratos. A Ordem deixou de prestar serviços institucionais, defesa das prerrogativas e o plano assistencial", disse Lúcio Flávio.
Buonaduce respondeu às críticas perguntando se Flávio já havia usado as salas destinadas aos advogados no Fórum. “Nós temos serviços sim. Temos espaços para nossos advogados. Toda a estrutura é computadorizada. A Casag está encerrando sua melhor gestão, tendo em caixa R$ 8 milhões. Nosso plano de saúde é imbatível no Estado de Goiás”, afirmou.
Na tréplica, Lúcio Flávio ironizou dizendo que gostaria de viver na OAB descrita pelo candidato. “Sabemos que há defasagem na OAB. A advocacia não tem os serviços que o senhor narrou. O que vivemos é bem diferente”, contestou.
Penúltimo bloco
No penúltimo bloco, a jornalista Sarah Mohn, do jornal A Redação, fez perguntas aos três candidatos.
Flávio Buonaduce: O senhor foi acusado de ser o candidato apoiado pelo governo do Estado, a partir de uma reunião realizada no Palácio das Esmeraldas, no mês de agosto, em que o governador Marconi Perillo garantiu o reajuste da Unidade de Honorários Dativos (UHD). Gostaria de saber: o senhor é o candidato do governo?
"Não. Não sou candidato apoiado pelo governo. Ali na reunião estávamos representando um grupo de advogados, os dativos. Vários advogados pediram que fôssemos ao governador após a sinalização de que o governo autorizaria o aumento da UHD. Entre as questões mais importantes que ali foram discutidas, está, inclusive, a criação de um fundo para o pagamento da UHD".
Enil Henrique: A gestão do senhor foi marcada por ações polêmicas, como a entrega de medalhas, inauguração de obras inacabadas, atraso nos salários dos servidores e no repasse de duodécimos a subseções que não lhe apoiam, assim como a acusação de nepotismo, pois seu filho, seu genro e seu sócio ocupam cargos na OAB. O senhor poderia explicar essas acusações?
"Todas as acusações são infundadas. Todas foram divulgadas com o intuito de vender notícias. Não vamos rebater porque não se cria verdade em cima de mentiras. Nós fizemos, durante nove meses, uma administração pautada pela independência e transparência. Isso me motivou a continuar nesse projeto. Então, não damos créditos a essas colocações. Fomos transparentes nesses nove meses e queremos continuar".
Lúcio Flávio de Paiva: Durante a campanha eleitoral, o senhor utilizou expressões como "cadáveres insepultos" para se referir a antigas lideranças da OAB, bem como "curral eleitoral" e "porteira" para assuntos ligados à advocacia goiana. Essa postura é adequada a um candidato à presidência da Ordem dos Advogados?
"Eu não tenho dúvidas que sim. Foi nada mais nada menos que o estímulo de fala. Em campanha, é necessário nosso posicionamento e essas expressões foram ditas com o intuito de mostrar para os advogados que não fazemos parte desses 'cadáveres insepultos'. Sobre os currais eleitorais, ainda existem currais eleitorais e isso não é só na OAB. Então, não acho que fui equivocado ao dizer isso. A OAB Que Queremos também é exemplo do que queremos para o país. Queremos uma OAB que seja motivo de orgulho para todos".
Sexto bloco
O sexto e último bloco foi destinado às considerações finais. Cada candidato teve um minuto e meio. Confira:
Lúcio Flávio:
“Quero dizer que estamos de mudança. A OAB está de mudança, abandonando o passado de ‘mais do mesmo’ por um futuro novo, por oxigenação e por uma nova postura de transparência. Nossa energia está direcionada para a defesa do advogado, que se encontra hoje tão maltratado. Saiba colega, que a chapa OAB Que Queremos olha para você. Vamos resgatar a dignidade da sua profissão. É um momento de esperança para a advocacia de Goiás. Vote 10. Vote na mudança”.
Enil Henrique:
“Colegas advogados, nosso projeto é feito de advogado para advogado. Ouve-se falar em transparência, participação e independência. É o que já estamos realizando nesses nove meses. Esse projeto é uma realidade. A mudança já aconteceu. Ela acontece desde fevereiro. O nosso tripé (transparência, participação e independência) é utilizado, hoje, pelas chapas concorrentes. Eles viram que isso dá certo. Estão apreendendo conosco. Vote 11 para que coloquemos em continuidade esse projeto de gestão”.
Flávio Buonaduce:
“Peço para que os advogados façam uma análise criteriosa em relação às histórias dos candidatos, as chapas, as propostas e os motivos pelos quais eles participam de determinados grupos. Peço para que analisem com critérios quais são as ideias de todos. Nossos grupo já tem uma história e um legado. Não existe o salvador da pátria, que vai chegar e revolucionar tudo. Tenho certeza que os senhores estarão recolocando a instituição em eu papel histórico de importância votando 20”, ponderou.