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Câmara de Goiânia

“Saúde cumpriu apenas 33% das metas de 2023”, critica vereadora Kátia

Parlamentar cobrou transparência de gastos | 23.04.24 - 17:27 “Saúde cumpriu apenas 33% das metas de 2023”, critica vereadora Kátia Vereadora Kátia Maria durante audiência pública (Foto: Wesley Menezes)

A Redação

Goiânia -
Presidente da Comissão de Saúde da Câmara de Goiânia, a vereadora Kátia Maria (PT) criticou as ações da Secretaria Municipal de Saúde durante audiência pública realizada na manhã desta terça-feira (23/4). A sessão de prestação de contas da pasta contou com a presença do secretário Wilson Pollara e de representantes de diversas entidades do setor.
 
“Infelizmente o relatório de prestação de contas que recebemos da Secretaria, apesar de indicar um aumento dos investimentos (de 15% para 20,82%), não detalha onde estão sendo aplicados esses recursos e nós não vemos esse aumento na ponta, nas unidades de saúde”, afirmou a vereadora.

“Quero saber para onde foram esse quase R$ 2 bilhões gastos em saúde apresentados pelo secretário? Porque eu visito as unidades e faltam insumos, faltam profissionais, há superlotação e muitas estão com problemas sérios de estrutura, com infiltrações, teto desabando, mofo e condições insalubres para os pacientes e os profissionais que ali trabalham”, questionou.

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Segundo a parlamentar, além da falta de transparência na aplicação dos recursos, a secretaria também deixou de cumprir 77 das 128 metas estipuladas para 2023 e, para outras 9, ela solicitou um pedido de revisão por entender que também não foram atingidas ou a execução não foi suficiente. “Ou seja, a secretaria atingiu apenas 33% das metas do ano. É uma eficácia muito baixa e, por isso, apresentamos um requerimento solicitando que a secretaria apresente de forma detalhada a aplicação dos recursos e ainda faça a revisão dessas nove metas que consideramos que não foram atingidas”, ressaltou Kátia.
 
Entre as metas apontadas como insuficientes, está a das reformas das unidades de saúde. Para a vereadora, “pintura de unidade não é reforma. A secretaria apresentou em seu relatório que 50 locais passaram por reformas, mas em muitos deles foram feitas apenas novas pinturas e nós não aceitamos isso como reforma”, destacou. “Muitas unidades seguem com problemas estruturais e é nítido que há uma baixa qualidade na manutenção desses imóveis”.
 
As outras metas que, segundo a Comissão de Saúde, precisam ser revistas dizem respeito à convocação dos aprovados em concurso; falta de prontuário eletrônico no atendimento do Consultório de Rua; falta de acessibilidade em algumas unidades reformadas; baixa oferta de atendimentos em saúde bucal; ampliação da oferta de serviços laboratoriais; fortalecimento de ações da vigilância sanitária e elaboração e execução do Plano Municipal de Contingência para a Dengue. “Nós não tivemos nem a elaboração do plano e a cidade vive uma epidemia, com um número de casos estrondoso e superlotação de unidades de saúde, colocando Goiânia entre as cidades com maior número de casos do País”.
 
Apesar das críticas, o secretário Wilson Pollara rebateu dizendo que a situação da saúde em Goiânia é boa. “As críticas são bem vindas. Quem não quer receber crítica, não vá ser secretário”, afirmou Pollara. “Tenho de aceitar as críticas e ver o que posso resolver, mas a pasta está indo muito bem em termos do que já foi entregue. Não vejo algo que poderia ser muito melhor”, concluiu.

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