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Caso Davi Sebba

Oito meses após morte do advogado Davi Sebba, inquérito segue sem conclusão

Família promove missa nesta terça-feira (5/2) | 05.03.13 - 11:41 Oito meses após morte do advogado Davi Sebba, inquérito segue sem conclusão A família de Davi promove nesta terça-feira (5/3) uma missa para homenagear o advogado - (Foto: divulgação)
Michelle Rabelo
 
Goiânia - Depois de exatos 8 meses da morte do advogado Davi Sebba, o inquérito, que segundo o delegado Murilo Polati Rechinelli, adjunto da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH) de Goiânia, seria concluído até o final de fevereiro, continua em aberto. O caso, que envolve choque de versões, comoção popular e participação de policial militar já foi exaustivamente discutido pela sociedade, mas nenhum responsável foi apontado.  
 
O delegado explica que a demora se deve à espera da quebra de sigilo telefônico dos investigados e de uma das testemunhas, provavelmente o suposto comprador da droga. Em entrevista ao jornal A Redação, Murilo afirmou que o inquérito será concluído até o final de março.

Missa
A família de Davi promove nesta terça-feira (5/3) uma missa para homenagear o advogado e cobrar da Polícia Civil um posicionamento sobre o caso. A celebração acontece às 19 horas, na Paróquia São Paulo Apóstolo, em Goiânia. 
 
Em agosto de 2012 foi feita a reconstituição do crime, que durou mais de sete horas e aumentou a expectativa em relação à solução do caso, mas, mesmo com todos os entraves, Murilo espera chegar ao verdadeiro autor do disparo e identificar a motivação do crime.

Entenda o caso
No dia em que virou pai do primeiro filho, o menino Gabriel, o advogado Davi Sebba morreu baleado após ser abordado por Policiais militares. O crime aconteceu no estacionamento do hipermercado Carrefour Sudoeste, na avenida T-9, na noite do dia 5 de julho, em Goiânia.
 
Conforme a versão apresentada pela PM, Davi teria reagido à abordagem, quando foi baleado pelos agentes. A suspeita é de que haveria comercialização de drogas no local e que ele estaria sendo monitorado pelo Serviço de Inteligência da Polícia Federal. Familiares da vítima repudiaram a informação dos policiais, alegando que Davi foi ao supermercado comprar mantimentos para passar a noite na maternidade com o filho recém-nascido e a mulher.
 
A informações dos militares também não é a mesma apresentada por testemunhas, que alegam que a vítima não reagiu, sendo executada sem motivação aparente.

Confira entrevista com o delegado responsável pelo caso.
 
A Redação - Como estão as investigações? Houve avanço? Existe um prazo para a conclusão do inquérito?
Murio Polati - As investigações avançaram bem. Tomamos algumas providências e agora temos provas periciais, técnicas e testemunhais. Quanto ao prazo, posso dizer que a expectativa é de conclusão até o próximo final de semana, mas é mais seguro dizer que o inquérito será concluído, sem falta, este mês. Já havíamos solicitado a quebra do sigilo telefônico dos investigados e de uma das testemunhas, mas a empresa Claro demorou para autorizar.
 
AR - Qual o próximo passo? 
Eu já tenho minhas conclusões e percepções. Agora é só aguardar o laudo dessa quebra de sigilo telefônico para concluir o inquérito e mandar para o Poder Judiciário, com ou sem pedido de prisão. Sobre isso, prefiro não falar agora, mas adianto que podemos pedir a prisão preventiva de algumas pessoas ou deixar a cargo do Ministério Público decidir, ou não, pelo encarceramento. Com o laudo poderemos, inclusive, saber exatamente qual foi o contato entre os envolvidos. 
 
AR - O senhor já havia declarado que a versão dada pelos três policiais militares envolvidos no crime não é verdadeira, alguma coisa mudou?
Nada mudou. Não tenho dúvida sobre quem fez os disparos, só não quero divulgar agora. Continuo afirmando que houve mudança no local do crime. 
 
AR - Então o tiro que matou o advogado não foi disparado pelo soldado Jonathas Atenevir Jordão, como foi dito no depoimento dos policiais?
Eu prefiro responder depois que o inquérito tiver sido concluído.   
 

 

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