Goiás 247 - O vereador Djalma Araújo (PT) promete elevar a voz mais uma vez contra a revisão do Plano Diretor de Goiânia. O petista é uma das atrações da audiência pública que será realizada nesta terça-feira (23/4), às 9 horas, na Universidade Federal de Goiás (UFG), na região Norte da Capital, a que será mais afetada caso sejam aprovada em definitivo a mudança na lei. O evento acontece no auditório central, que fica na biblioteca.
Djalma pontua que a revisão do Plano Diretor não atende os interesses da cidade e que antes de passar por alterações precisa ser regulamentado o documento atual aprovado em 2007. O vereador pedirá a suspensão da tramitação do projeto para melhor envolvimento da população no debate, e afirma que irá propor um plebiscito para que a sociedade decida sobre as alterações.
O petista destaca que o projeto atende apenas ao setor econômico, em detrimento do cidadão, do meio ambiente, já que a revisão aumenta o grau de incomodidade para o nível máximo da região Norte, o que legaliza a obra da Hypermarcas e abre precedentes para outras indústrias poluidoras. “Não podemos aceitar. A cidade se transformará em um caos. A região Norte é o berço das águas e será colocada em risco. E os impactos serão sentidos em toda cidade. Haverá impacto de trânsito e vizinhança. Serão danos ambientais irreparáveis”, afirma.
As modificações foram aprovadas em primeira votação na Câmara Municipal na semana passada. Atualmente, o projeto está em tramitação na Comissão Mista, antes que seja levado para a segunda apreciação do plenário.
Em audiência realizada ontem na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), entidades cobraram estudos técnicos que embasaram a mudança no Plano Diretor. A prefeitura disse que vai apresentar os estudos.“Ainda não foi feita a apresentação dos motivos técnicos pelos quais o Paço se convenceu da necessidade de atualização do Plano Diretor”, disse ao jornalista Pedro Palazzo, de O Popular, o presidente da Comissão de Direito Imobiliário da OAB, Rodrigo de Moura Guedes.
Os estudos seriam apresentados hoje, na UFG. (Goiás 247)
