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Brasília

Médica cubana desiste do Mais Médicos e pede refúgio ao governo brasileiro

Ramona Rodriguez contou com ajuda do DEM | 05.02.14 - 21:37 Médica cubana desiste do Mais Médicos e pede refúgio ao governo brasileiro (Foto: reprodução/Facebook)

Juca Vasconcelos

Goiânia -
A médica cubana Ramona Matos Rodriguez entrou na tarde desta quarta-feira (5/2) com pedido de refúgio no Conselho Nacional de Refugiados (Conare), com ajuda de deputados do Partido Democratas.
 
A médica buscou o apoio dos deputados do partido por discordar das condições de trabalho do programa Mais Médicos e após ser informada que a Polícia Federal (PF) esteve atrás dela depois que deixou Pacajá, interior do Pará, município em que estava atuando.

A partir do pedido, a médica terá assegurado o direito de ir e vir e de residência provisória até que o processo seja julgado pelo Conare. Ramona está abrigada na liderança do Democratas (DEM) na Câmara dos Deputados desde ontem à noite (4/2).

Escravidão
Para o deputado goiano Ronaldo Caiado, líder do Democratas na Câmara, os cubanos estão em situação análoga à escravidão. "Isso é um tratamento discriminatório em relação ao outros médicos do programa. É um escândalo e nos faz questionar qual é realmente o objetivo desse Mais Médicos", afirmou.  

No contrato assinado com uma sociedade anônima em Cuba (Sociedade Mercantil Cubana Comercializadora de Serviços Médicos Cubanos) o salário especificado é de US$ 400 pagos no Brasil e outros US$ 600 depositados numa conta em Cuba. O dinheiro em Cuba só seria acessado ao final do contrato no Brasil, daqui a três anos. O contrato foi publicado no Facebook de Caiado.
 
Segundo nota do Democratas, o valor pago mensalmente representa menos de 10% dos R$ 10 mil reais anunciados pelo governo brasileiro e pagos a outros profissionais do programa contratados para os mesmos serviços prestados pelos cubanos. A nota diz ainda que Ramona afirmou que teme por sua segurança e de sua família que está em Cuba e diz ter a certeza de que se retornasse hoje ao país seria presa imediatamente.
 
Em entrevista ao jornal A Redação, um integrante do partido que preferiu não se identificar afirmou que a médica está abrigada na liderança do DEM por segurança. "Não se sabe se existe um mandato expedido para que a PF possa prendê-la, e o gabinete seria um local seguro para Ramona, pois os policiais federais não poderiam executar o mandato no Congresso."


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