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Eleições 2014

Ibope revela disputa polarizada em PT e PSDB, analisa cientista político

Marchetti falou sobre ps bastidores | 18.04.14 - 08:28
São Paulo - A oscilação negativa da intenção de voto da presidente Dilma Rousseff (PT) não se reverteu em um aumento da preferência do eleitorado para os pré-candidatos de oposição.

"Dilma tem uma oscilação negativa que é significativa, porque pode indicar uma tendência de queda, mas o que a gente vê é uma estabilidade cômoda das candidaturas de oposição", afirma o cientista político Vitor Marchetti, professor da Universidade Federal do ABC, ao Broadcast Político, serviço de notícia em tempo real da Agência Estado.

Segundo o especialista, no retrato exibido nesta quinta-feira, 17, pela pesquisa Ibope, é interessante notar que, apesar de ter um desempenho melhor do que o de Eduardo Campos (PSB), a ex-senadora Marina Silva (PSB) não parece conseguir extrair votos nem de Dilma nem de Aécio Neves (PSDB).

Marchetti também chama atenção para o fato de que votos brancos, nulos e indecisos somam 37%, o mesmo porcentual de intenção de votos da favorita, Dilma Rousseff. Diante desse cenário, o cientista político acredita que há pouco espaço para uma terceira via, o objetivo de Campos.

"É bem possível que ainda tenhamos uma eleição no padrão dos anos anteriores, em que o PSDB e o PT dividiram boa parte dos votos", disse Marchetti. Ele lembra que mais da metade dos votos válidos tem se concentrado nas candidaturas dessas duas siglas desde 1994 e que, considerando as pesquisas recentes, uma alternativa a essa polarização não se consolidou.

Para ele, o discurso de esgotamento da polarização está "mais no Facebook do que nas urnas". Marchetti pondera, porém, que ainda é cedo para avaliar os potenciais de cada candidato, até porque o eleitor ainda não entrou na campanha.

"As pesquisas apontam tendências, que definem a maneira como o eleitor vai entrar na campanha. E, neste momento, elas mostram que a polarização vai imperar", afirmou. "O eleitor ainda está funcionando de modo antagônico, fazendo a polarização. E Dilma ainda está numa posição confortável, mesmo com as quedas e com um cenário não tão positivo quanto antes."

Para o especialista, as pesquisas mostram o tamanho da tarefa que Campos terá pela frente até outubro. "A candidatura de Campos não é tão fraca a ponto de não levar a eleição para o segundo turno, mas vai ter muito trabalho para ir para esse segundo turno", avaliou. (Agência Estado)

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