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Entrevista exclusiva

Thiago Peixoto: "Meta é fazer de Goiás o Estado mais competitivo do Brasil"

Secretário garante que cortes são necessários | 11.02.15 - 19:46 Thiago Peixoto: "Meta é fazer de Goiás o Estado mais competitivo do Brasil" Secretário Thiago Peixoto afirma que o governador está acompanhando de perto o trabalho realizado pela Segplan e pelas demais pastas (Foto: Letícia Coqueiro/A Redação)
Adriana Marinelli

Goiânia -
 Fazer com que Goiás dê um grande salto de desenvolvimento e se torne o Estado mais competitivo do país. Foi com essa missão que o deputado federal Thiago Peixoto (PSD) assumiu a Secretaria de Gestão e Planejamento de Goiás (Segplan). Graduado em economia, o secretário, que alcançou grandes conquistas à frente da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) no último governo Marconi Perillo, vê a tarefa como desafiadora, mas garante que é possível.
 
“Ser competitivo é ter bons indicadores sociais, de desenvolvimento, bons índices educacionais. Nosso plano é fazer com que Goiás esteja entre os cinco mais competitivos em quatro anos, mas o objetivo é o primeiro lugar. Teremos o apoio de algumas instituições importantes para alcançar essa meta”, afirmou o secretário em entrevista exclusiva ao jornal a A Redação na tarde desta quarta-feira (11/2).

De acordo com o trabalho da consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU) e do Centro de Liderança Pública (CLP), divulgado em setembro de 2014, Goiás era a 9ª unidade da federação mais competitiva do Brasil em 2014, atrás de Estados como Espírito Santo e Mato Grosso do Sul.
 
“Pelas características do Estado, sabemos que não podemos ser a maior economia, mas podemos sim ser a mais competitiva, o Estado com maior qualidade de vida. Eu uso a comparação que serve para a Ásia pelo seguinte aspecto: nosso objetivo não é ser a China, que é a maior economia da Ásia e uma das maiores do mundo. Nosso objetivo é ser algo como a Cingapura é. Trata-se de um lugar socialmente bem desenvolvido, um lugar que tem um ambiente de negócios ideal, lugar onde as instituições são fortes. A missão é essa”, completou.

Conforme destacou o secretário Thiago Peixoto, o governador Marconi Perillo tem acompanhado de perto as movimentações da Segplan e das demais pastas, sendo firme nas cobranças e exigências. Questionado se o novo desafio o assustou em algum momento, o secretário garante que está preparado.

“Essa ideia e objetivo do Estado ser o mais competitivo, muitas pessoas duvidam, mas eu também ouvia muito isso na Educação. Nós éramos o 16° no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) e nossa meta era estar entre os cinco primeiros. Ninguém acreditava nisso, mas superamos e hoje somos o primeiro”, argumenta. “Eu tenho boas experiências nisso. Tenho motivos para acreditar que é possível e o Estado tem potencial.”

Crise econômica e corte de gastos
Thiago admite que, mesmo se preparando há algum tempo, Goiás sofrerá, como os demais Estados brasileiros, as consequências da crise na economia do país e do mundo. “No entanto, crise pode ser também sinônimo de oportunidade se nós estivermos preparados para isso. Neste momento o governo se prepara para esse período de crise. Isso explica a nossa preocupação com a questão financeira, com a questão fiscal do Estado. O que nós estamos é preparando o terreno para não ter dificuldades no futuro. É melhor sofrer com esses cortes agora do que não conseguir cumprir compromissos no futuro”, explica.
 

Secretário concedeu entrevista aos jornalistas Bruno Hermano, João Unes e Adriana Marinelli
(Foto: Letícia Coqueiro/A Redação)

O secretário faz questão de garantir que o monitoramento realizado nas contas do Estado será feito de forma constante. “O que a gente propõe é de ter um grupo permanente de monitoramento do nosso custeio. Esse grupo vai ficar buscando oportunidades de redução de custeio o tempo todo. Já tivemos vários cortes, mas ainda estudamos novas medidas. Não é cortar por cortar, é cortar para que tenhamos condições de ter mais investimentos por parte do Estado, e o governador Marconi Perillo está liderando isso com muita firmeza”, garante.

Questionado se os cortes propostos pelo governador estão sendo bem aceitos pelo governo, Thiago admite que estão havendo resistências pontuais, mas nada que comprometa o andamento do processo.  “Estamos abertos ao diálogo. Quem tiver disposição para conversar, venha preparado. Não fizemos cortes lineares, abrimos conta a conta. Temos condições de mostrar para cada secretário que aquele recurso é suficiente para ele trabalhar. Não é uma negociação do tipo: ‘você está me dando 100, mas eu quero 120’, não tem isso”, disse.

“Algumas áreas receberam aumento, como é o caso da Segurança Pública, por exemplo. Ali a gente entendeu que cabia aumento. Em outras pastas, a gente decidiu que cabia corte de custeio para gerar mais condições de investimentos, como foi o caso da Educação. Foi uma análise detalhada. As resistências foram pessoais, mas um detalhe importante foi a boa receptividade da sociedade, que entendeu o objetivo do governo de melhorar a prestação de serviços. É nisso que o governador está focado”, finaliza.
 

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