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Entrevista exclusiva

Ana Carla Abrão: "Fazemos em Goiás o ajuste mais forte entre os Estados"

Cortes geram economia próxima a R$ 1 bilhão | 21.02.15 - 12:23 Ana Carla Abrão: "Fazemos em Goiás o ajuste mais forte entre os Estados" (Foto: Denis Marlon)
Carolina Pessoni
 
Goiânia - A reforma administrativa do governo estadual e os cortes de custeio e gastos da máquina administrativa estão perto de gerar uma economia de R$ 1 bilhão para Goiás. Os dados são da secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão, que, em entrevista exclusiva ao jornal A Redação, expôs os números do controle das contas estaduais.
 
"Hoje a gente já tem de estimativa, com a reforma administrativa, uma economia de R$ 300 milhões a R$ 350 milhões de reais no exercício de 2015. Quando a gente soma as cotas de custeio que foram definidas no início do ano, na segunda etapa da reforma, a gente já tem outros R$ 695 milhões a R$ 700 milhões de poupança adicional. Estamos falando de algo próximo a R$ 1 bilhão quando a gente soma as duas coisas", destacou a secretária.
 
Ana Carla explica que as próximas etapas do ajuste devem chegar ao número que o próprio governador Marconi Perillo já anunciou, um corte de despesas de cerca de R$ 2 bilhões. "Não tenho dúvidas que isso deve representar, do ponto de vista de corte de custeio e redução de gastos da máquina, o ajuste mais forte entre todos os Estados", destaca.
 
"Nós estamos cortando as gorduras, os excessos, e deixando a máquina mais enxuta pra que o equilíbrio fiscal chegue mais rápido. Nós começamos primeiro e vamos sair primeiro dessa situação de ajuste e, portanto, de aperto", completa a secretária.
 
Com os ajustes da máquina, foi feita uma revisão do orçamento do Estado para este ano, o que é chamado de orçamento real. Após a aprovação do orçamento, o governo enviará à Assembleia um projeto de discussão da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2015.
 
"Acredito que no começo de março esse projeto já deve ser enviado à Assembleia para discussão. Acreditamos que é de extrema importância a participação desta casa, já que foram eleitos para representar a sociedade", afirma Ana Carla.
 
Cortes e ajustes
Segundo a secretária, os órgãos e secretarias estaduais estão conscientes da necessidade dos ajustes. "Estamos fazendo nosso dever de casa e os cortes atendem ao momento de austeridade. Mostramos que é possível fazer isso e as secretarias e órgãos estão conscientes deste momento. Estamos juntos nesse processo de adequação da máquina à realidade, que hoje é diferente."
 
Ana Carla ainda completa. "Acima de tudo, acho que é um momento nacional e nós estamos fazendo algo que, do ponto de vista da opinião pública, tem sido muito compreendido, porque se trata da racionalização da administração pública."
 
Sobre as orientações do Governo Federal, a secretária destacou que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, sinalizou claramente e deu declarações públicas de que para o superávit da União é indispensável o superávit dos entes federativos. "A orientação é clara por parte do Ministério da Fazenda de que nós teremos que compor e ajudar no esforço fiscal do país", afirma.
 
Aumento do caixa
Com o fomento da poupança interna do Estado, a prioridade, segundo a secretária, é terminar as obras que estão em andamento, como o Hugo 2 e os Centros de Referência e Excelência em Dependência Química, os Credeqs. "Enquanto isso não ocorrer, ou não estiver 100% equacionado, não iniciaremos novas obras no Estado", ressalta.
 
Outro ponto destacado por Ana Carla é que o trabalho de ajuste fiscal é feito em total parceria das secretarias da Fazenda e de Gestão e Planejamento. O grupo de trabalho dedicado às etapas de orçamento é composto igualmente por técnicos das duas pastas.
 
O governador, entretanto, é quem determina as ações. "Temos mantido o governador totalmente atualizado com os avanços nos trabalhos e nos estudos, e todas as decisões são tomadas por ele, com a minha presença e do Thiago Peixoto (secretário de Gestão e Planejamento). O último número sempre vem do governador. Nós sugerimos, mostramos alternativas, mas a decisão é do governador sempre", finaliza.

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