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Mobilidade urbana

Paulo Garcia lança obras do corredor de ônibus da T-7; lojistas protestam

Previsão de entrega é de 1 ano | 23.02.15 - 11:13 Paulo Garcia lança obras do corredor de ônibus da T-7; lojistas protestam Comerciante Jony pede ao prefeito a soluções para comércio local (Foto: Mônica Parreira/A Redação)
 
Mônica Parreira
 
Goiânia - Em meio a manifestações de comerciantes, o prefeito Paulo Garcia lançou na manhã desta segunda-feira (23/2) as obras do corredor preferencial de ônibus da Avenida T-7. A solenidade ocorreu na praça da feira da Avenida dos Alpes, na Vila União, um dos locais por onde passará o corredor.
 
A previsão de entrega da obra é de 12 meses. Além de corredor preferencial para o fluxo do transporte coletivo, a previsão do projeto é implantar ciclovias e requalificar os 10,4 quilômetros de extensão. Atualmente cerca de 103 mil usuários circulam pelo local por meio de 13 linhas de ônibus.

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Paulo Garcia lançou as obras, falou brevemente com a imprensa, conversou com alguns comerciantes que se manifestavam contra o projeto e logo depois deixou o local sob gritos de "vergonha, vergonha". "Como me causa tristeza ver manifestação de pessoas contrárias à implantação do corredores de ônibus. Solução adotada no mundo todo", lamenta o prefeito.
 
"Sabemos que todas as grandes cidades do mundo aplicam hoje as faixas exclusivas ou preferenciais para o transporte coletivo. Estamos convictos de que estamos fazendo o certo, investindo, realizando obras que atendam à coletividade", completa Paulo Garcia.
 

Obras começam pela Avenida dos Alpes. Estacionamento ao longo da via será proibido (Foto: Mônica Parreira) 
 
Queixas 
Comerciante e morador da Vila União há 40 anos, Jony Abdala foi um dos manifestantes que cobrou do prefeito uma solução para o comércio local. "A questão não é ser contra ou a favor do projeto, mas perceber que se trata de uma medida paliativa. Goiânia está crescendo muito rápido e a prefeitura precisa pensar em soluções permanentes antes de tomar decisões políticas", critica.
 
Já Cristiano Caixeta, que atua no segmento de calçados, se diz duplamente prejudicado pelas obras de mobilidade urbana que limitam o estacionamento nas avenidas de grande circulação. "Minha loja da Avenida T-63 reduziu em 40% o número de vendas depois que a obra foi implantada", disse ao comentar que cerca de 80 lojas foram fechadas na região.
 
"Na Avenida dos Alpes vai ser a mesma coisa. Também temos uma loja aqui e sei que a tendência é que o comércio venha a falir. A prefeitura adota uma forma de implantação totalmente equivocada. Tentamos apresentar outros projetos alternativos, mas eles não conversam, a prepotência é muito grande", reclama.
 
Proposta de solução
Estatísticas feitas pelo Sindicato do Comércio Varejista no Estado de Goiás (Sindilojas) mostram os prejuízos que a retirada do estacionamento ao longo das vias causa. Somente na Avenida T-63, a queda da venda do comércio local gira em torno de 62% desde que o novo sistema no trânsito passou a funcionar. 
 
Segundo o presidente do sindicato, José Carlos Palma Ribeiro, o problema se repete na Avenida 85, que conta com corredor preferencial recém inaugurado. "Iremos brigar e encontrar formas de diminuir os impactos dos nossos lojistas. O transporte coletivo deve ser prioridade. Mas para isso não se pode acabar com o comércio que tanto imposto gera para o município", disse o presidente.
 
O Sindilojas organiza uma reunião com lojistas das Avenidas 85 e T-7, além da Avenida T-9, próxima região que deve receber a implantação do corredor preferencial. De acordo com José Carlos, a intenção é discutir uma solução para apresentar alternativas viáveis à prefeitura. O encontro será nesta quarta-feira (25/2), às 10h, na sede do sindicato que fica na Rua 90, Setor Sul.

A obra
As vias que recebem a obra contarão com nova pavimentação, abrigos de embarque e desembarque com mais conforto, sinalização vertical e horizontal, mobiliário urbano compreendendo iluminação dos canteiros centrais, bancos metálicos e paraciclos. As calçadas, que ocupam uma extensão de 21 quilômetros, serão revitalizadas sem obstáculos e com rotas acessíveis.
 
Ainda de acordo com a prefeitura, o projeto é orçado em R$ 30.899.857,55 e será construído pela Jofege Pavimentação e Construção, empresa vencedora do processo de licitação realizado pela Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC).

Os recursos aplicados são oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – Pacto pela Mobilidade, do Governo Federal.
 
A fiscalização do novo corredor deve seguir o padrão das demais obras, como nas Avenidas T-63 e Universitária. Cerca de 12 equipamentos eletrônicos devem ser instalados ao longo de toda a via para controlar a velocidade, conversões e respeito à exclusividade do corredor de ônibus.
 


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