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Brasília - Foi lido no plenário do Senado nesta sexta-feira (27/2), o pedido de criação de uma CPI para investigar supostas irregularidades cometidas por correntistas brasileiros na movimentação de recursos na filial do banco HSBC na Suíça. A proposta de comissão de inquérito foi apresentada nessa quinta (26) pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) com 33 assinaturas, seis a mais do que o mínimo necessário pelo regimento interno da Casa.
A leitura do requerimento foi feita pelo senador Paulo Paim (PT-RS), que presidia a sessão no plenário esta manhã. A partir da leitura, os parlamentares têm até a meia-noite para inclusão ou retirada de nomes. Caso mais de seis retirem as assinaturas, a comissão não será instalada.
A expectativa inicial era que a leitura só fosse realizada na semana que vem, mas foi antecipada para hoje cedo. De acordo com o requerimento de criação apresentado ontem por Randolfe Rodrigues, a comissão pretende ter acesso a uma lista de cerca de 8 mil brasileiros que teriam mantido US$ 7 bilhões em recursos na instituição de maneira irregular para a Receita Federal.
Na justificativa ao pedido de criação da CPI, o senador do PSOL defende a investigação de "potenciais crimes fiscais, evasão de divisas e atuação de organizações criminosas que agiam através de contas irregularmente abertas pelo banco HSBC, na Suíça, com a cooperação desta instituição financeira, entre os anos de 1998 a 2007".
Veículos internacionais e o blog do jornalista Fernando Rodrigues, no Uol, têm feito uma série de reportagens que tratam de supostas irregularidades no HSBC, no caso que foi batizado de "SwissLeaks". Na semana passada, o Ministério Público Federal informou que vai investigar o caso.
A Receita Federal também já anunciou que pretende analisar as operações realizadas por brasileiros em contas secretas mantidas pelo banco na Suíça. O pedido de criação da CPI contou com o apoio de senadores da base aliada e da oposição, como o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP). (Agência Estado)