Entre os mais influentes da web em Goiás pelo 12º ano seguido. Confira nossos prêmios.

Envie sua sugestão de pauta, foto e vídeo
62 9.9850 - 6351

Goiás

Agrodefesa intensifica trabalho para erradicar o Mormo no Estado

Sete casos já foram confirmados | 02.07.15 - 14:57
A Redação

Goiânia - 
A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) intensificou os trabalhos para que Goiás se torna zona livre de Mormo novamente. De outubro de 2014 a junho deste ano, já foram identificados sete casos da doença no Estado, sendo que três tiveram o diagnóstico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) contestado e os proprietários procuraram auxílio jurídico para solicitar um novo exame. O Mormo é provocado pela bactéria Burkholderia mallei e acomete principalmente os equídeos (equinos, asininos e muares), e por ser uma zoonose, humanos também podem ser contaminados.
 
“Os proprietários querem que seja feito um novo diagnóstico por uma metodologia que não é preconizada no Brasil como confirmatória para a doença”, explica a coordenadora do programa estadual de sanidade de equídeos da Agrodefesa, Luana Batistella.
 
Luana conta que os exames para confirmação do Mormo foram feitos por técnica que é padronizada pelo serviço veterinário oficial e realizada atualmente no Brasil.  “Em nosso país a confirmação da doença é feita por meio do exame de Western Blotting (WB), que é o exame oficialmente reconhecido pelo Mapa para todo o território nacional”, explica a coordenadora.
 
Ela destaca ainda que é importante ressaltar que o diagnóstico positivo para doença de Mormo foi confirmado pelo Ministério. “Todos esses animais foram retestados para ter a confirmação da doença, nenhum animal é sacrificado sem que seja submetido ao diagnóstico confirmatório com colheita oficial”, acrescenta Luana.
 
Os outros três casos de Mormo foram identificados nas cidades de Edeia, Silvânia e Mara Rosa. Luana revela que os animais já foram sacrificados e as propriedades estão passando pelo processo de saneamento, passo fundamental para eliminar o foco do Mormo no local em que o animal doente estava. “Já entramos em processo de saneamento nesses locais que tiveram ocorrência de positivos. Após a finalização do saneamento, que é obrigatório, a propriedade é liberada para continuar com a criação dos animais normalmente”.
 
A coordenadora frisa que a Agrodefesa está atuando nos seis focos de Mormo conforme é previsto na legislação sanitária federal, assim como é feito em todos os Estados do Brasil. “As medias estão sendo tomadas de acordo com as Normas para o Controle e a Erradicação do Mormo no país”.
 
A doença
“O Mormo é uma doença antiga e considerada reemergente aqui no Brasil, estando hoje presente em quase todos os Estados do país. Existe ocorrência na África, Ásia, Oriente Médio e América do Sul”, diz a coordenadora. Segundo Luana, apenas cinco Estados do país são atualmente zona livre de Mormo.
 
Ela explica que em muitos casos, o cavalo portador da doença pode não apresentar sintomas. “O período de incubação da doença pode variar de uma semana a meses”, diz. Ela acrescenta que a doença tem maior probabilidade de ocorrer, com manifestação de sintomas, em animais submetidos a situações de estresse por trabalho excessivo, nutrição deficiente, entre outros fatores.
 
Luana conta que é possível detectar o Mormo por meio de exames. “Quando um animal participa de algum evento e necessita ser transitado, é exigido que seja apresentado ao serviço veterinário oficial o exame negativo de Mormo para liberar a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA). Caso o resultado seja positivo, inconclusivo ou anticomplementar, o laboratório obrigatoriamente notifica a Agrodefesa. A agência faz então uma nova colheita de material desses animais e  encaminha ao laboratório do Ministério da Agricultura (MAPA) para que seja feito o exame confirmatório da doença”.
 
Caso o resultado seja positivo no diagnóstico confirmatório, o animal deverá ser sacrificado e a propriedade passará por um regime de saneamento. “É importante ressaltar que não existe vacina para o mormo e a doença não tem cura. Em caso de resultados positivos, a única medida prevista na legislação para controle da doença no Brasil é o sacrifício dos animais positivos”, reforça.
 

Comentários

Clique aqui para comentar
Nome: E-mail: Mensagem:
Envie sua sugestão de pauta, foto e vídeo
62 9.9850 - 6351