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Saúde dos olhos

Crer passa a oferecer reabilitação visual em Goiânia

Diagnóstico e tratamento acontecem na unidade | 23.07.14 - 09:57 Crer passa a oferecer reabilitação visual em Goiânia (Foto Mantovani Fernandes)
 
A Redação
 
Goiânia - O Centro de Referência em Reabilitação e Readaptação (Crer) passou a oferecer em 2014, dentre outras terapias, a reabilitação visual. O serviço é voltado a pacientes da unidade ou aos que são encaminhados pela rede de atenção primária, diagnosticados com visão subnormal. 
 
Conforme explica uma das coordenadoras do programa, a oftalmologista Renata Karina Nogueira, a visão subnormal é configurada quando o paciente, mesmo após todas as correções efetuadas e uso de todos os equipamentos possíveis, ainda não atinge o limite de visão aceitável para lhe conferir qualidade de vida.
 
“Diante desse quadro, recebemos os pacientes para, por meio de exames, constatarmos a visão subnormal e podermos auxiliá-lo no uso de mecanismos que vão contribuir para o desempenho das atividades diárias, com menor dificuldade. Não é um atendimento que consegue promover a cura, mas sim lidar com a deficiência de uma maneira que permita ao paciente conviver normalmente com ela”, explica Renata.
 
Equipe multidisciplinar
Os exames exigidos para fechar o diagnóstico são solicitados via rede conveniada, quando não são disponibilizados pelo próprio Crer. Uma equipe multidisciplinar foi formada para poder oferecer o atendimento completo e específico para cada deficiência identificada. 
 
“Recebemos pacientes que lidam com outras deficiências associadas à da visão, como por exemplo, comprometimentos neurológicos. Portanto, é preciso personalizar a terapia de acordo com o grau de dificuldade apresentado”, comenta. Integram a equipe do Serviço de Visão Subnormal profissionais de psicologia, pedagogia, terapia ocupacional e fisioterapeuta visual, além de oftalmologistas.
 
Após constatada a gravidade do problema visual, os pacientes recebem a prescrição dos mecanismos que podem contribuir para melhorar o uso da visão, sejam eles lupas, telescópios, lentes coloridas, entre outros. “A partir dai se inicia o trabalho de reabilitação visual. É quando eles aprenderão a lidar com os mecanismos buscando obter melhores resultados”, detalha.
 
O departamento trabalha com uma meta de 150 atendimentos mensais, mas chega a superá-la. “As consultas são mais demoradas pois envolvem a realização de exames também demorados. Durante a reabilitação, os pacientes são convocados a comparecer mais de uma vez por semana para poderem se dedicar às terapias”, conclui.
 
Terapia e reabilitação
A pequena Evellyn Juliane Dantas Pereira, de 5 anos, é paciente do Crer desde os cinco meses de vida. Devido a um acidente vascular cerebral (AVC) sofrido aos quatro meses de vida, a criança teve os movimentos do lado esquerdo do corpo comprometidos, incluindo a visão. 
 
Agora, além de ser atendida pela equipe de terapia ocupacional, ainda é submetida à terapia de reabilitação visual. Conforme explica a mãe Priscila de Almeida Dantas, duas vezes na semana a pequena exerce as atividades com a equipe multiprofissional. “Os resultados são perceptíveis. Ela tem fixado mais tempo em uma mesma atividade. Tanto que ano que vem pretendemos matriculá-la na escola”, comemora.
 
Segundo o censo do IBGE de 2010, 18,6% da população brasileira apresentam algum tipo de deficiência visual, sendo 3,46% consideradas severa, e outros 1,6% totalmente cegos. Goiás possui mais de 183 mil pessoas que enxergam com grande dificuldade e outros 14.430 identificados como cegos.

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