Já reparou que algumas plantas ficam ainda mais bonitas nesta época de clima seco em boa parte do Brasil? Já reparou na florada dos Ipês, que colorem de amarelo, rosa, branco ou roxo várias cidades do país? Quando tudo parece seco, sem vida e difícil de sobreviver, é que esta árvore mostra o seu melhor.
Se a gente olhar com mais atenção para outras árvores também, veremos que mesmo depois de uma agressão forte, como uma queimada, elas rebrotam e ficam ainda mais bonitas e fortes. O cerrado brasileiro é cheio destas espécies que são queimadas e mesmo assim, quando a chuva chega, elas nascem novamente.
A natureza é cheia de bons exemplos de como resistir em meio a tantas adversidades. Todo ano os incêndios acontecem, todo ano a época de clima seco chega, e todo ano somos surpreendidos por uma natureza que mesmo tão maltratada se recupera e nos encanta.
E inspirado nela, por que não trazemos para nossa realidade esse poder de revigorar, de resistir, e reviver? Todos nós passamos por problemas, alguns mais graves é verdade, mas todos nós temos lá nossos perrengues diários. Seja no trabalho, na família, com a vizinhança, mas todos temos situações que gostaríamos de resolver logo.
Algumas pessoas se entregam à fraqueza e acabam se retirando deste mundo de forma abreviada. Tem quem não veja saída e prefere se retirar de cena. Mas podemos, e na minha humilde opinião, devemos oferecer ajuda para quem precisa dela.
Que tal estender a mão para quem precisa. Mesmo que você acredite não ter como ajudar pela condição financeira atual que é bem complicada para muita gente, mas você pode oferecer um ombro amigo, pode ouvir, conversar. Tem tanta gente precisando ser ouvida que você nem imagina.
Então nos inspiremos na natureza. Vamos resistir às dificuldades e saber contorná-las. Setembro é conhecido como Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio.Sejamos mais tolerantes, mais sábios, mais pacientes.
Assim como um Ipê que mostra toda sua beleza na época mais seca do ano, que nós possamos florescer em todos os meses, independente da situação. A humanidade precisa de seres mais humanos.
*Fabrício Santana é jornalista