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Tatiana Santana

Bullying no ambiente escolar: a importância de intervir

| 15.10.23 - 16:20
O bullying na escola é um tema sensível e pertinente que afeta milhões de crianças e adolescentes no mundo. Não é apenas um fenômeno escolar, mas um problema social que tem impactos profundos na vida dos estudantes e na sociedade como um todo. É um comportamento repetitivo e prejudicial que envolve agressões físicas, verbais, sociais, psicológicas e até virtuais, geralmente cometidas por um indivíduo ou um grupo contra alguém que tem dificuldade de se defender.
 
As escolas desempenham um papel crucial na prevenção e combate ao bullying, mas elas não podem enfrentar esse problema sozinhas. É fundamental envolver a família, pois esta tem um papel vital na formação do caráter e na educação de seus filhos. Quando pais e responsáveis se comprometem a entender e combater o bullying, cria-se um ambiente mais seguro e acolhedor.
 
É muito comum que as vítimas desenvolvam problemas relacionados à saúde mental, como depressão e ansiedade. O isolamento social e a evasão de atividades escolares também são frequentes. Comportamentos agressivos e distúrbios alimentares podem surgir como reações. O impacto do bullying não se limita ao período escolar, pois suas consequências podem seguir na vida adulta.
 
O primeiro passo para combater o bullying nas escolas é compreender que essa é uma tarefa de toda a comunidade escolar: todos que participam da rotina da instituição. Um caminho interessante é promover programas de educação e conscientização sobre o tema. É fundamental que crianças, adolescentes e adultos entendam como identificar essas violências e para quem pedir ajuda. Isso pode ser feito com eventos, rodas de conversas e trabalhos em sala de aula.
 
A escola também deve ter bem definidas suas políticas antibullying e códigos de conduta. Os alunos devem se sentir seguros para reportar casos. Nesse sentido, a instituição deve oferecer apoio às vítimas e orientação aos agressores. Esse trabalho pode e deve ser feito em conjunto com psicólogos. Os educadores também devem promover as habilidades socioemocionais dos alunos para que eles desenvolvam empatia, respeito às diferenças, capacidade de resolução de conflitos e construam relacionamentos saudáveis com os colegas. ‍‍
 
O trabalho em conjunto entre escola e família no combate ao bullying é essencial, já que ambos desempenham papéis complementares e essenciais no desenvolvimento e bem-estar das crianças e adolescentes. Do lado da instituição de ensino, professores e coordenadores devem orientar as famílias sobre como conversar sobre o tema com os filhos e como agir, independente do filho ser vítima ou agressor. 
 
É essencial que cada um faça a sua parte para criar um mundo onde o bullying não tenha espaço. Ao envolver a família e seguir o exemplo de escolas como o Externato São José, podemos dar passos significativos para um futuro mais inclusivo e respeitoso. Finalizo com Martin Luther King para que possamos nos responsabilizar integralmente, pela educação de nossos filhos e, em consonância com a escola, buscar o fim deste massacre emocional: “O que me assusta não é a violência de poucos, mas a omissão de muitos.”
 
*Tatiana Santana é diretora do Colégio Externato São José e coordenadora regional da ANEC (Associação Nacional de Educação Católica do Brasil).

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