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Tatiana Potrich

Mistérios e Milagres

| 31.03.24 - 11:04
 
Vocês sabiam que a Páscoa tem a data diferente a cada ano porque é celebrada no primeiro domingo após a primeira lua cheia que ocorre no equinócio do outono (no Hemisfério Sul) e primavera (no Hemisfério Norte)?! Curiosamente é uma data móvel definida pelo curso da Lua e o equinócio das estações, assim como também acontece com a data do Carnaval. Equinócio é um fenômeno astronômico reconhecido pelos povos originários antes mesmo da ressurreição de Jesus Cristo.
 
Curiosa também são as lendas abordando a enigmática Lua Cheia, este astro que comanda as marés, sentimentos e rege uma energia cósmica misteriosamente inexplicável em nossas vidas. Muitas histórias acontecem em noite de lua cheia, homem que viram lobisomem, bruxas que entoam feitiços, luares à beira da praia, serenatas de amor no meio da rua e por aí vai... Neste clima tenso e romântico, que nosso satélite natural nos proporciona, comunidades ribeiras da Amazônia inventaram a lenda do boto cor de rosa, cuja ligação destes cetáceos com atos carnais é de longa data e retoma mitologias da Grécia Antiga. Conta a lenda que o formoso mamífero sai do rio, em noite de lua cheia e se transforma num belo e sedutor rapaz. Portando chapéu e terno branco, ele enlouquece as donzelas de prazer e após uma ardente noite de amor, a criatura retorna ao seu habitat e volta a ser um boto, deixando as inocentes mocinhas prenhas de bebes cor de rosa.
 
Seja por falta de justificativa eficaz, há rumores de que as comunidades absorveram a lenda talvez para não revelarem a identidade do pai, (seja um forasteiro, seja um moço já comprometido), ou uma forma de aceitar o sistema patriarcalista que perdoa o abuso sexual sem sua devida punição, ou quem sabe até como uma forma de iniciação sexual da puberdade feminina. Só se sabe que esse mito ainda hoje é um grande mistério ou milagre da natureza.
 
De fato o boto ou golfinho existe há muito mais tempo do que possamos imaginar.
 
"Um enorme crânio de golfinho foi encontrado pelos cientistas numa excursão internacional patrocinada pela National Geographic Society, que percorreu mais de 300 km do Rio Napo, em 2018. O objetivo era investigar a biodiversidade da Amazônia peruana. Após 6 anos de meticulosa pesquisa encontraram um fóssil de aproximadamente 16 milhões de anos (um dos registros mais antigos do continente)" @bbcbrasil
 
Milagres, lendas, descobrimentos são rastros da humanidade para investigarmos quem somos, quem fomos e para onde vamos. Compreender estes vestígios e mistérios faz da vida um livro em branco pronto para ser vivido e escrito. Num universo tão múltiplo, místico, milagroso e misteriosamente indecifrável, navegamos todos pelas incertezas de verdades.
 
Mas afinal, qual seria a versão escolhida de nossas histórias? Quais serão realmente os nossos mitos, nossas crenças, nossos ritos, nossos momentos sagrados, nossas lendas favoritas? E por quê?
 
Será que saberíamos dizer o quanto a Natureza e os astros nos influenciam? Será que ainda nos deixamos influenciar por eles ou estamos perdendo esta conexão?
 
Desejo a vocês uma Páscoa milagrosa cheia de renovação,  regeneração e ressurreição! Desejo também que esta Era de Aquário, em pleno século XXI, contagie nossos corações de mistérios lunares e preciosos momentos místicos.
 
 "The Sphere", em Las Vegas, um milagre da engenharia e tecnologia em curioso registro geográfico 
Fonte CNN
 
 
Inspirado na lenda do boto cor de rosa, "O Sol e o Boto Rosa", obra de Guilherme Siqueira que integra a mostra "Terra Plena"
Foto: Paulo Resende
 

Curioso ângulo da baleia beluga ou branca, conhecida como "golfinho sem barbatana" 
Fonte Google

 
Convite para o Café da Manhã com Mercado Cultural, programação do projeto "Terra Plena"
Salve a Data

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