A força da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) se constrói nos espaços de participação coletiva, nos fóruns de debate, nas trincheiras institucionais em defesa das nossas prerrogativas, no compromisso com a cidadania e no enfrentamento das mazelas que ainda impedem o pleno exercício profissional.
E, se há hoje um espaço onde tudo isso acontece de forma pulsante, é nas comissões da Ordem.
Quem ainda enxerga as comissões como instâncias meramente protocolares ou decorativas está preso a uma visão ultrapassada de advocacia. As comissões da OAB-GO são, hoje, um dos principais motores da transformação institucional. É dali que nascem campanhas, pautas, lutas e bandeiras que movimentam a nossa classe.
Em menos de oito meses de gestão, estruturamos mais de 130 comissões, das quais 100 já atuam com diretorias empossadas e trabalho consistente. Reunimos cerca de 9 mil colegas advogados e advogadas que, de forma voluntária, dedicam tempo e energia para pensar a advocacia além da sua própria carteira da OAB.
Isso não é pouco. Isso é força coletiva. Isso é a Ordem em movimento.
Não se trata de preencher salas ou cumprir formalidades. Trata-se de produção jurídica, campanhas públicas, ações sociais, formação técnica e política da advocacia, articulação institucional e construção de pontes com a sociedade.
Nossas comissões se reúnem — presencial ou virtualmente — todos os dias da semana. Pensam, propõem, atuam. E transformam.
Somente neste primeiro semestre, já foram milhares de ações realizadas: cartilhas produzidas, mutirões organizados, prerrogativas defendidas com firmeza, debates públicos provocados, cidadania promovida na ponta.
Destaco, entre tantas iniciativas, mais de mil palestras simultâneas realizadas em escolas públicas estaduais, com foco em direitos e cidadania. Essa é a advocacia que ultrapassa os limites do processo e se compromete, de fato, com a transformação social.
Mas é preciso dizer: tudo isso ainda é invisível para muitos.
Há quem trate a advocacia institucional com o desdém de quem nunca se dispôs a doar tempo, energia ou ideias em prol da classe.
A esses, deixo um convite ou, quem sabe, um desafio: participem.
Sentem-se à mesa. Façam parte. Descubram, na prática, a diferença entre ser espectador e ser protagonista.
Não podemos aceitar uma advocacia apática, desmobilizada, individualista. O contexto exige engajamento, unidade e ação concreta.
As comissões são um canal direto para isso. Um espaço de acolhimento para quem chega e de escuta ativa para quem já está. Um lugar de aprendizado mútuo, mas também de posicionamento firme.
Elas são o braço mais vivo da OAB.
Neste Mês da Advocacia, não basta celebrar a profissão. É preciso honrá-la com trabalho e poucas formas são tão efetivas de fazer isso quanto participar ativamente da nossa Ordem.
Quem entra para uma comissão, entra para a história de uma advocacia que não se acomoda.
E essa é a advocacia que queremos e que já estamos construindo, com união, propósito e compromisso com a transformação.
Uma só Ordem, uma só advocacia em defesa da cidadania.
* Thaís Sena de Castro é secretária-geral adjunta da OAB-GO